NÍVEL DE QUALIDADE DE VIDA DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

ALAN MACIEL SCHUSTER, MARTINA FRANCESQUET, ADEMIR MULLER

Resumo


A expectativa de vida aumentada resultou no acréscimo do número de aposentados, impactando nos setores da saúde, previdência, educação, trabalho e assistência social. E, muitos destes aposentados, seguem no mercado de trabalho por sobrevivência ou por prazer (França, 2010). Baseados nisso, realizamos uma pesquisa cujo objetivo foi investigar o nível de qualidade de vida dos idosos que ainda trabalham na Universidade de Santa Cruz do Sul e os motivos pelos quais ainda trabalham. Junto ao setor de recursos humanos fomos informados que 74 pessoas, embora já estejam aposentadas, ainda trabalham na Unisc e possuem idade a partir dos 60 anos, enviamos o questionário com questões abertas e fechadas a 14 trabalhadores, sendo 9 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, cuja média de idade apresentada é de 63 anos. Foi aplicado o Questionário de Qualidade de Vida da OMS (WHOQOL-Bref, 1998 apud Fleck, 2000), adaptado por Matsudo (2005), sendo duas questões gerais e as demais representando cada uma das vinte e quatro facetas que compõem o instrumento original, sendo essas: domínio físico (dor, desconforto, energia, fadiga, sono, repouso, mobilidade, atividade de vida cotidiana, dependência de medicação ou de tratamento e capacidade de trabalho, relações pessoais e de meio ambiente); domínio psicológico (sentimentos positivos, pensar, aprender, memória e concentração, autoestima, imagem corporal e aparência, sentimentos negativos, religião e crenças pessoais); domínio de relações pessoais (relações pessoais, suporte/apoio social e atividade social); e domínio de meio ambiente (segurança física e proteção, ambiente no lar, recursos financeiros, cuidados de saúde e sociais). O questionário ainda perguntava se o indivíduo estava aposentado e por que ainda trabalhava, através de questão aberta que foi categorizada pela análise de conteúdo, de Bardin (1977). Quanto ao resultado do nível de qualidade de vida, na faixa dos 60-69 anos, as médias dos escores brutos encontradas nos quatro domínios estão de acordo com a média geral apontada pela literatura adotada, sendo o domínio ambiente o que apresentou o resultado mais próximo da média, ou seja, os avaliados nesta faixa etária apresentaram um nível de qualidade de vida adequado. Concluímos, neste momento, que o nível de qualidade de vida dos idosos aposentados que continuam trabalhando na universidade vai ao encontro dos resultados encontrados pelos estudos, o que significa que a sua atividade diária e sua capacidade de trabalho são satisfatórias. E sobre os motivos pelos quais ainda trabalham, a partir da análise de conteúdo, concluímos que a maioria o faz por satisfação pessoal, seguido por se sentir habilitada à função e por necessidade financeira.


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