TAXONOMIA E FITOSSOCIOLOGIA DAS PTERIDÓFITAS NA POLIGONAL POTENCIAL DEMARCAÇÃO DO CINTURÃO VERDE DE SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL
Resumo
Os estudos de composição florística e fitossociológica são básicos para trabalhos relativos à comunidade vegetal. Nesse aspecto, a taxonomia desempenha um papel fundamental, uma vez que permite ao pesquisador identificar, comparar e conhecer as espécies. Sendo assim, a taxonomia permite o entendimento da biodiversidade e sua conservação. Estudos fitossociológicos dos fragmentos de florestas proporcionam uma análise quantitativa das comunidades vegetais, aumentando o conhecimento do bioma florístico na área estudada, sendo que as pteridófitas têm grande importância e representatividade na flora brasileira. Frente à crescente pressão exercida pela expansão urbana no município de Santa Cruz do Sul, ressalta-se que áreas como o Cinturão Verde, inseridas no Bioma Mata Atlântica, tornam-se alvo da urbanização. Desse modo, o levantamento taxonômico e fitossociológico tiveram por objetivo identificar as espécies e levantar os parâmetros quantitativos e qualitativos da flora pteridofítica na poligonal potencial demarcação do Cinturão Verde, de Santa Cruz do Sul, RS, Brasil. A área estudada, compreendida pela atual área do Cinturão Verde, mais áreas adjacentes, com a mesma característica de vegetação, foi dividida em 3 regiões: Norte, Centro e Sul. Os levantamentos foram realizados durante os meses setembro/2012 e janeiro/2013. Foram instaladas 12 parcelas de 1 ha, divididas em 12 subparcelas de 10x10 metros, onde foram feitos 10 transectos lineares de 10 metros, mantendo-se a distância de 1 metro entre eles. Toda pteridófita interceptada pela linha de 10 m, teve medida a altura e o comprimento. Os exemplares foram coletados e fotografados e, após identificados, registrados no Herbário HCB da UNISC. Foram identificados ao longo dos 1200 metros amostrados, 946 indivíduos, distribuídos em 15 famílias, 33 gêneros e 55 espécies. Dentre as regiões da poligonal potencial, a que apresentou maior ocorrência de indivíduos foi a região Norte com 415, seguida da Central com 285 e Sul com 246 indivíduos, onde as famílias mais representativas foram Dryopteridaceae, Thelypteridaceae e Anemiaceae, com 270 (29%), 211 (22%) e 110 (12%) respectivamente. Os parâmetros fitossociológicos calculados foram: Densidade Absoluta (DA), Densidade Relativa (DR), Frequência Absoluta (FA), Frequência Relativa (FR), Cobertura Absoluta (CA) e Cobertura Relativa (CR). As espécies com maior Frequência Relativa (FRi) foram: Dryopteris submarginalis (FRi= 7%), Anemia phyllitidis (FRi= 5,7%), seguidas de Thelypteris scabra e Thelypteris hispidula, (ambas apresentando FRi= 4,4%). Já para Frequência Absoluta (FA) destaca-se Dryopteris submarginalis (FAi= 91%) e Anemia phyllitidis (FAi= 75%). As espécies que apresentaram maior Cobertura Linear Absoluta (CA) e Cobertura Linear Relativa (CR) foram Dryopteris submarginalis (CAi= 8,5% e CRi= 19%) e Didymochlaena tru
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