ENTRE A MORTE E O MORRER: PROBLEMATIZANDO OS CUIDADOS PALIATIVOS
Resumo
Trata-se de uma pesquisa que tem como perspectiva contribuir para um bom atendimento de uma equipe multiprofissional para pacientes em cuidados paliativos fora da possibilidade de cura. Tem como objetivo principal investigar como se dá a prática assistencial dos profissionais de saúde, de nível técnico e superior, para com os pacientes que se encontram fora de possibilidades terapêuticas de cura, em um setor de internações que possui 31 leitos de um hospital de alta complexidade em oncologia do interior do estado do Rio Grande do Sul, sendo uma instituição filantrópica, considerada referência regional pelo SUS como unidade de alta complexidade em tratamento de oncologia na região do Vale do Rio Pardo e Centro Serra. Foram traçados três objetivos específicos: descrever como os profissionais de saúde, de nível técnico e superior, que trabalham em um hospital no interior do estado, entendem o cuidado paliativo dispensados ao paciente terminal; identificar capacitações e suporte oferecido aos profissionais de saúde, de nível técnico e superior, pela instituição que trata pacientes em cuidados paliativos; pesquisar quais os limites e as possibilidades que os profissionais de saúde entendem estar implicadas nos cuidados paliativos. Nesta pesquisa os entrevistados fazem parte de uma equipe multiprofissional que atendem pacientes em cuidados paliativos. Foram entrevistados sete profissionais que trabalham em dois turnos sendo manhã e tarde. Para fins metodológicos utilizou-se neste estudo a pesquisa qualitativa de caráter exploratório e descritivo. Por esse motivo, foi utilizada uma entrevista semi-estruturada como método de coleta de dados. Os dados obtidos foram analisados à luz do método análise de conteúdo. Confrontando e comparando os dados, podemos responder ao objetivo principal da pesquisa. Como resultado do estudo evidenciamos que os profissionais de saúde agem de forma particular, e de várias formas diferentes, quando se lida com morte e o morrer. Os dados evidenciaram que a instituição possui fragilidades na parte de capacitações sobre o assunto, pois os profissionais muitas vezes não se sentem preparados para tal realidade da morte, tanto com paciente quanto com os familiares, mas foi de forma clara, visto que há uma grande importância de humanização para pacientes em cuidado paliativo, que lhe proporcione uma morte tranquila sem dor, digna de um ser humano, que envolva conforto e amparo à família. Os profissionais entrevistados agem de modos e maneiras diferentes frentes ao paciente terminal. Percebemos, entretanto, que cada profissional age de sua maneira ao lidar com paciente, tenta fazer o que entende ser o melhor. As mudanças de melhora necessitam ocorrer simultaneamente nas Universidades e nas Instituições Hospitalares que prestam cuidados a esses pacientes, é preciso inserção de profissionais que estudam e se dedicam a tanatologia, e docentes que possam fazer revisões constantes do conteúdo curricular. A partir dos dados coletados e analisados, esta pesquisa apresenta como resultado no primeiro bloco que os profissionais da saúde têm particularidade em lidar com a perda de um paciente, sendo que muitos relatam sofrimento e dor e alguns agem de forma natural à morte de um paciente. No segundo bloco temático, podemos analisar como os profissionais sofrem e muitos não entendem a interrupção desta vida. No terceiro bloco, se evidenciou a grande dificuldade dos profissionais em tratar com pacientes jovens.
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