INTRODUÇÃO: A amputação é uma condição que se estabelece, muitas vezes, repentinamente, podendo ser de etiologia traumática ou não traumática. Devido à diversidade etiológica é importante orientar o indivíduo sobre os devidos cuidados e preocupações que este deve passar a ter. Educação em saúde é um recurso utilizado pelos profissionais de saúde, a fim de provocar uma mudança na vida das pessoas através da compreensão do processo saúde-doença. Dessa forma, nota-se uma necessidade de orientação às pessoas que, por algum motivo, têm uma parte do corpo amputada. Pensando nisso, foi elaborado um jogo educativo para os sujeitos que apresentam algum tipo de amputação. OBJETIVO: Verificar a eficácia do jogo educativo aplicado na Sala de Espera do "Serviço de Reabilitação Física Nível Intermediário 2012" em pacientes amputados. METODOLOGIA: Confecção da maquete de jogo educativo, durante a disciplina de "Órtese e Prótese" do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul, ocorrida no primeiro semestre de 2013, composta de uma trilha de perguntas e dicas, que há necessidade de acertar as questões/dicas para avançar no jogo e a aplicação de um questionário com dez perguntas que avaliasse e validasse o jogo. O jogo foi aplicado durante um período de quatro meses. O único critério de inclusão era o jogador ter algum tipo de amputação seja ela de membro superior ou inferior e aceitar voluntariamente participar do jogo. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Participaram do jogo quatorze amputados, número esse um tanto tímido, fato que pode estar relacionado a não aderência voluntária. Os motivos podem estar relacionados à timidez, ao receio do desconhecido e ao medo de errar as questões. Após o jogo, responderam ao questionário cujos dados obtidos foram analisados através do software SPSS 20.0. Diante dos resultados, nota-se que todos os sujeitos afirmaram que o jogo é de fácil compreensão, divertido e ajuda a entender melhor sobre amputação, os cuidados necessários com as próteses, além de proporcionar novos conhecimentos e relembrar os já adquiridos. Ressalta-se que oito pacientes já tinham conhecimento prévio sobre o assunto. A nota máxima atribuída ao jogo foi de 10,0 e a mínima 8,0, ficando a média aritmética final de 9,64. CONCLUSÃO: Apesar de a amostra numérica não ser tão significativa, é possível observar através do questionário, que o jogo consegue alcançar seus objetivos, levando mais conhecimento e reforçando cuidados em saúde aos pacientes amputados. Além disso, verificou-se que durante a "brincadeira" os sujeitos perdiam sua timidez e acabavam gostando muito da ideia de adquirirem informação de uma maneira interativa. Sendo assim, julga-se que a educação em saúde pode e deve estar ao alcance da população nas suas diferentes formas e percepções e, para nós estudantes, essa experiência foi de suma importância para o nosso processo formativo acadêmico profissional.