FREQUÊNCIA DE LESÕES SUGESTIVAS DE CÂNCER POR HPV NA OROFARINGE EM BIÓPSIA DE PACIENTES ATENDIDOS NO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL - RS

JANE DAGMAR POLLO RENNER, PATRICIA KIPPER

Resumo


Introdução: Recentemente o papilomavírus humano (HPV) tem sido associado à carcinogênese oral. Os fatores de risco para o câncer da cavidade oral são o tabagismo, o etilismo e as infecções pelo HPV. As taxas de incidência para o câncer oral relacionado à infecção pelo HPV, como amígdala, base da língua e orofaringe, aumentam entre adultos jovens em ambos os sexos. Esse aumento pode ser atribuído a mudanças no comportamento sexual. A detecção precoce pela inspeção visual pode descobrir anormalidades pré-malignas do câncer da cavidade oral. Quando é diagnosticado precocemente, esse tipo de câncer apresenta um bom prognóstico. A cavidade oral é considerada como reservatório e também como fonte de infecção desse vírus. O local de predileção é a língua e o palato duro e mole, mas qualquer superfície de mucosa oral pode ser afetada. É uma lesão firme, indolor com numerosas projeções semelhantes a "dedos" na superfície, que vão dar uma aparência de "couve-flor" ou "verruga". As lesões podem ser brancas, vermelho-claras, ou de cor normal. O carcinoma espinocelular (CEC) oral representa 90% de todos os tumores malignos que afetam a cavidade bucal, apresentam-se como os mais prevalentes os tipos 6, 11, 16 e 18. O câncer de boca e orofaringe é de comportamento agressivo e, no Brasil, a incidência é considerada uma das mais altas do mundo. Objetivo: Identificar por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) o vírus HPV e os subtipos HPV 16 e 18 envolvidos em lesões bucais sugestivas de câncer de pacientes que tiveram atendimento na Clínica do Curso de Odontologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Metodologia: Estudo descritivo-analítico transversal e observacional, que foi realizado no mês de abril a junho de 2013. Analisou-se 6 amostras de biópsias bucais sugestivas de câncer através da técnica de PCR para identificar a presença do HPV, utilizando os primers genéricos MY09/MY11, para a detecção de qualquer tipo de HPV. Também foi realizada uma análise dos prontuários destes indivíduos para a obtenção de informações como idade e sexo. Resultados: Das 6 amostras analisadas, 66,7% eram do sexo masculino e a média de idade foi de 47,5 anos. Todas amostras amplificaram o gene controle da β-globina humana e a análise da presença do DNA do HPV foi negativa em todas as amostras. Conclusão: Não foi encontrado casos de HPV positivos no estudo, mas é necessário maiores estudos com um número maior de amostras. O atendimento inicial é fundamental no reconhecimento das lesões, para que se possa estabelecer o diagnóstico precoce.


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