RELAÇÃO DA OBESIDADE COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Resumo

INTRODUÇÃO: A obesidade não é um fenômeno recente. Sabe-se da existência de indivíduos obesos já na época paleolítica, há mais de 25.000 anos. A sua prevalência, no entanto, nunca atingiu proporções tão epidêmicas como as atuais. A obesidade vem aumentando em praticamente todos os países em que há acesso a alimentos. Os termos sobrepeso e obesidade geralmente são utilizados de maneira igual, mas tecnicamente possuem significados diferentes. O sobrepeso denota um peso corporal acima do padrão peso por estatura de uma população. Entretanto a palavra obesidade é um termo mais específico que se refere ao grau de gordura, que é o real problema da saúde. OBJETIVO: Este estudo realizou uma pesquisa transversal em uma amostra representativa de funcionários de ambos os sexos de uma empresa na cidade de Santa Cruz do Sul - RS, para determinar a prevalência de obesidade e os fatores a ela associados, tendo em vista o acentuado aumento de excesso de peso no Brasil, nos tempos atuais. METODOLOGIA: Foram utilizados os dados de 2.027 pessoas de ambos os sexos, com idade variando entre 20 a 70 anos obtidos pela empresa no momento da contratação. De posse desses dados o presente estudo determinou o Índice de massa corporal (IMC) segundo classificação estipulada pela OMS (2.000) quando a obesidade é definida apresentando índice igual ou superior a 40 kg/m². RESULTADOS: A classificação do estado nutricional dos funcionários pesquisados sinalizou que 2% (50 funcionários), apresentaram magreza graus I e II; 45% (906 funcionários) eutrofia; 31% (626 funcionários) sobrepeso ou pré-obesidade; 15% (314 funcionários) obesidade grau I; 5% (96 funcionários) obesidade grau II; e 2% (35 funcionários) obesidade grau III. Constatou-se também patologias associadas à obesidade como Diabetes Melito, Hipertensão, Hipertrigliceridemia e Hipercolesterolemia, que são decorrentes de uma dieta precária. CONCLUSÃO: Conclui-se que os funcionários desta empresa pesquisada necessitam de orientações e acompanhamento nutricional. Uma vez que complicações de sobrepeso e obesidade e suas associações com doenças crônicas não transmissíveis atingem transcendência, justificando também a necessidade de realização de estudos epidemiológicos direcionados para o problema. Embora alguns indivíduos possuam obesidade congênita, as causas principais da obesidade é a falta de atividade física e a má alimentação. Um histórico alimentar cuidadoso pode ser a base para um plano alimentar saudável.

PALAVRAS-CHAVES: Obesidade, sobrepeso e patologias.