AVALIAÇÃO DE ADESÃO E RESULTADO AO EXAME CITOPATOLÓGICO EM GESTANTES DO PRÉ-NATAL EM UMA ESF
Resumo
Apesar de diversos programas e ações terem sido implementados no Brasil nas últimas décadas, a redução dos riscos à gravidez com consequente melhora nos indicadores de saúde, permanecem em dificuldade. A infecção por HPV é mais frequentemente diagnosticada durante a gravidez, em mulheres jovens, com início da atividade sexual antes dos 18 anos, com múltiplos parceiros sexuais, fumantes e usuárias de anticoncepcionais hormonais. Desta forma, torna-se necessária a indicação e realização desse exame logo nas primeiras consultas do pré-natal, facilitando o tratamento quando necessário, visto que a realização do exame em gestantes não é contraindicada, devendo ser realizada preferencialmente até o 7º mês. O câncer do colo do útero é considerado uma neoplasia que pode ser prevenida, uma vez que os tumores têm uma progressão lenta e sua detecção possui uma forma simples e eficiente. Sendo assim, o objetivo desde trabalho foi avaliar a adesão ao citopatológico por gestantes que realizam o pré-natal em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Santa Cruz do Sul e realizar o levantamento dos resultados. Realizou-se um estudo do tipo documental, com a avaliação de prontuários de gestantes em acompanhamento de pré-natal em uma ESF, no mês de agosto de 2013. Foram incluídas todas as gestantes que estavam em acompanhamento neste momento. Os registros de realização dos exames de pré-câncer de colo do útero e seus respectivos resultados foram avaliados. Os dados coletados foram tabulados em Excel e posteriormente analisados. No estudo realizado foram analisados prontuários de 35 gestantes. Destas, 12 (34,3%) realizaram o exame em 2013 durante o pré-natal, 6 (17,1%) realizaram em 2012, 1 (2,8%) estava com agendamento para a realização do exame e 15 (42,9%) gestantes não realizaram o exame por motivos variados. Do total de gestantes que realizaram o exame, 9 (75 %) tiveram alterações em seus resultados, sendo 8 (88,9%) com resultados positivos para Gardnerela e 1 (11,1%) com Trichomonas Vaginalis, todas elas realizaram o tratamento devido junto à equipe de saúde. Com base nos resultados encontrados no estudo, percebe-se que a adesão das gestantes para realização do exame preventivo do câncer de colo de útero ainda é falha, possivelmente por medos e preconceitos. Com isso, verifica-se a necessidade da implementação de novas estratégias que enfatizem a necessidade e a importância da realização do citopatológico entre este grupo populacional, como por exemplo, a busca ativa das gestantes, capacitações para educação em saúde e orientações das equipes de saúde.
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