REATIVAÇÃO DE UM GRUPO DE ACOLHIMENTO HOSPITALAR AO ACOMPANHANTE/VISITANTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

DAVI CARLOS BRUN, FATIMA PEDROSO KIPPER, ALINE BADCH ROSA, ALINE FERNANDA FISCHBORN

Resumo


INTRODUÇÃO: Os acompanhantes/visitantes são representantes da rede social da pessoa internada que a acompanha durante toda sua permanência nos ambientes de assistência à saúde. Dessa forma, é fundamental a presença de ambos para garantir o elo entre o paciente e sua rede social. No entanto, nem sempre a forma como essas pessoas frequentam e se portam no âmbito hospitalar é a mais adequada, interferindo na rotina da instituição, o que gera prejuízos na otimização do trabalho da equipe multiprofissional e na recuperação do paciente. Logo, se justifica a reativação do Grupo de Acolhimento aos Acompanhantes de um hospital de ensino do Vale do Rio Pardo para trabalhar uma série de implicações que têm sido observadas, como a dificuldade de alguns acompanhantes e visitantes de compreender seu papel como cuidador. OBJETIVO: Descrever o processo de reativação do Grupo de Acolhimento aos acompanhantes de uma unidade hospitalar. METODOLOGIA: Os encontros do grupo ocorrem semanalmente, com duração média de 45 minutos. O grupo está sendo coordenado pelos profissionais que integram o Serviço Integrado de Atendimento Psicossocial (SIAP), juntamente com outros profissionais da unidade e conta com o apoio de acadêmicos do estágio curricular dos cursos de Serviço Social, Psicologia e bolsistas do grupo PET-Saúde Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). O grupo visa demonstrar a relevância da participação do acompanhante/visitante no processo saúde, doença e tratamento do paciente internado, além de proporcionar um espaço de escuta, cuidado, reflexão e orientação. Estimula, dessa forma, a autonomia do sujeito, da família e da comunidade, realizando encaminhamentos e contatos com a rede socioassistencial, orientando também sobre as rotinas e normas da instituição. RESULTADOS: Até o presente momento foram realizados 3 encontros, contando com a participação de 9 acompanhantes. "Cuidar de si para cuidar do outro", "O papel do cuidador frente ao paciente hospitalizado" e "Os direitos sociais e encaminhamentos a rede socioassistencial" foram as temáticas trabalhadas. Utilizaram-se materiais impressos e dinâmicas de grupo para melhor elucidar os temas propostos, a fim de facilitar a expressão de sentimentos, emoções e preocupações simbolizando o momento vivido por eles. Foi visto que a partir destas trocas em grupo é possível minimizar o sofrimento frente à hospitalização e contribuir na qualidade de vida dos acompanhantes/visitantes. Da mesma forma, foi percebido um aumento no nível de conscientização sobre o papel do mesmo, fato que poderá refletir numa melhor adesão do paciente ao tratamento, além de aprimorar a qualidade dos atendimentos prestados pela equipe multiprofissional. CONCLUSÃO: Conclui-se que o desenvolvimento de um Grupo de Acolhimento contribui de forma positiva tanto para o acompanhante/visitante, como para o paciente e a equipe. O acompanhante/visitante recebe apoio e orientação de profissionais que esclarecem suas dúvidas e, quando necessário, são encaminhados para acompanhamento na rede socioassistencial. Qualificar os cuidados prestados ao paciente hospitalizado também envolve dar atenção e cuidado aos seus acompanhantes/visitantes, para isso, o próximo objetivo é estimular uma maior participação destes cuidadores no grupo.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.