ARQUITETURA E SAÚDE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: VISITA MULTIDISCIPLINAR, UMA NOVA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.

EMELINE RASSIER SCHAFER, LARISSA MARTINI ULIANA, MARIA LUISA SILVA SCHUSTER, ROBERTA BEATRIZ LERSCH, TAIRINI DALLA VECCHIA, PATRICIA OLIVEIRA ROVEDA, ROSANE JOCHIMS BACKES

Resumo


Introdução: A mensuração da qualidade de vida ajuda a selecionar e monitorar problemas psicossociais de um indivíduo, demonstra a percepção da população sobre diferentes problemas de saúde e mede os resultados das intervenções (LOPES; HIGA, 2006). A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como um completo estado de bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença (WHO, 1946). O Projeto de Extensão Arquitetura e Saúde: arquitetura para PcD, em sua 6ª edição, vem expandindo suas ações direcionadas à Associação Santa Cruzense de Pessoas Portadoras de Deficiência Física (ASPEDE) que atua na área de Assistência Social e tem como objetivo principal contribuir na inserção e reinserção das Pessoas com Deficiência (PcD) na sociedade, possibilitando melhor qualidade de vida e autonomia. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo apresentar a ampliação de ações extensionistas através da proposta de realização de visitas domiciliares multidisciplinares a alguns associados da ASPEDE. Metodologia: Uma equipe composta por assistente social, docente arquiteta, docente fisioterapeuta e estudantes de Arquitetura e Urbanismo e Fisioterapia, a partir de discussões e reflexões a respeito da proposta de intervenção diferenciada do Projeto em parceria com a ASPEDE, elaborou um instrumento investigativo de fácil manejo em forma de entrevista composto por identificação, dados sócio- econômicos, condições de saúde, condições do ambiente incluindo a acessibilidade. Através deste instrumento se investiga as reais necessidades que interferem na qualidade de vida dos PcD's e de sua família e, a partir do aceite dos associados, se agenda a visita com a presença da equipe. Resultados: Este resumo apresenta dados parciais de duas visitas realizadas até o momento, sendo uma de um adulto do sexo masculino, 57 anos com sequelas de poliomielite e acidente automobilístico, cadeirante com déficit importante de força muscular generalizada e de uma criança do sexo feminino, 10 anos de idade com diagnóstico de neurofibromatose, cadeirante, dependente para todas as atividades de vida diária. A equipe foi muito bem recebida nas residências, realizou-se a entrevista e a partir dos achados foram traçadas metas, dentre elas: sugestões de posicionamento corporal, de exercícios preventivos de escaras, estímulo a maior socialização, encaminhamentos para Hidroterapia da Clínica Escola de Fisioterapia da UNISC, obtenção de atendimento fisioterápico domiciliar por fisioterapeuta do município via Sistema Único de Saúde e sugestões para reinvenção do espaço domiciliar facilitando atividades de vida diária e melhorando a qualidade de vida. Conclusão: Percebe-se que a presença da equipe na residência da pessoa com deficiência promove uma aproximação diferenciada que propicia uma maior liberdade de expressão e maior efetividade e agilidade das ações que buscam minimizar os problemas relatados. Por fim, sendo a Unisc uma instituição comunitária, mais uma vez está direcionando suas ações à comunidade local e proporciona aos acadêmicos experiências diferenciadas de humanização, multidisciplinaridade e ação social.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.