ARQUITETURA E SAÚDE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: VISITA MULTIDISCIPLINAR, UMA NOVA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.
Resumo
Introdução: A mensuração da qualidade de vida ajuda a selecionar e monitorar problemas psicossociais de um indivíduo, demonstra a percepção da população sobre diferentes problemas de saúde e mede os resultados das intervenções (LOPES; HIGA, 2006). A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como um completo estado de bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença (WHO, 1946). O Projeto de Extensão Arquitetura e Saúde: arquitetura para PcD, em sua 6ª edição, vem expandindo suas ações direcionadas à Associação Santa Cruzense de Pessoas Portadoras de Deficiência Física (ASPEDE) que atua na área de Assistência Social e tem como objetivo principal contribuir na inserção e reinserção das Pessoas com Deficiência (PcD) na sociedade, possibilitando melhor qualidade de vida e autonomia. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo apresentar a ampliação de ações extensionistas através da proposta de realização de visitas domiciliares multidisciplinares a alguns associados da ASPEDE. Metodologia: Uma equipe composta por assistente social, docente arquiteta, docente fisioterapeuta e estudantes de Arquitetura e Urbanismo e Fisioterapia, a partir de discussões e reflexões a respeito da proposta de intervenção diferenciada do Projeto em parceria com a ASPEDE, elaborou um instrumento investigativo de fácil manejo em forma de entrevista composto por identificação, dados sócio- econômicos, condições de saúde, condições do ambiente incluindo a acessibilidade. Através deste instrumento se investiga as reais necessidades que interferem na qualidade de vida dos PcD's e de sua família e, a partir do aceite dos associados, se agenda a visita com a presença da equipe. Resultados: Este resumo apresenta dados parciais de duas visitas realizadas até o momento, sendo uma de um adulto do sexo masculino, 57 anos com sequelas de poliomielite e acidente automobilístico, cadeirante com déficit importante de força muscular generalizada e de uma criança do sexo feminino, 10 anos de idade com diagnóstico de neurofibromatose, cadeirante, dependente para todas as atividades de vida diária. A equipe foi muito bem recebida nas residências, realizou-se a entrevista e a partir dos achados foram traçadas metas, dentre elas: sugestões de posicionamento corporal, de exercícios preventivos de escaras, estímulo a maior socialização, encaminhamentos para Hidroterapia da Clínica Escola de Fisioterapia da UNISC, obtenção de atendimento fisioterápico domiciliar por fisioterapeuta do município via Sistema Único de Saúde e sugestões para reinvenção do espaço domiciliar facilitando atividades de vida diária e melhorando a qualidade de vida. Conclusão: Percebe-se que a presença da equipe na residência da pessoa com deficiência promove uma aproximação diferenciada que propicia uma maior liberdade de expressão e maior efetividade e agilidade das ações que buscam minimizar os problemas relatados. Por fim, sendo a Unisc uma instituição comunitária, mais uma vez está direcionando suas ações à comunidade local e proporciona aos acadêmicos experiências diferenciadas de humanização, multidisciplinaridade e ação social.
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