ANÁLISE DE DADOS REFERENTE ÀS ORIENTAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO REALIZADAS EM ALOJAMENTO CONJUNTO

CAMILA BRAGA DERLAN, MANUELA FILTER ALLGAYER, BIANCA MOSSMANN GHIGNATTI, JANINE KOEPP

Resumo


INTRODUÇÃO: O Ministério da Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês, porém os dados atualmente demonstram um grande desvio nos parâmetros desejados. A acessibilidade à informação referente às vantagens da amamentação para o binômio mãe-bebê é inúmera, mas para tanto é necessário ela estar inserida em um ambiente favorável e com acompanhamento profissional para que de fato a saúde e o bem-estar de ambos ocorra efetivamente (GIUGLIANI; LAMOUNIER, 2004). OBJETIVOS(S): Avaliar a eficácia das orientações sobre amamentação, o que contribui significantemente para a adesão do ato. METODOLOGIA: Trata-se de um ensaio clínico não randomizado, do tipo antes e depois. Baseia-se em um questionário autoaplicável em puérperas, utilizando um álbum seriado com diversas informações referentes à amamentação, envolvendo sessenta e quatro mulheres. As coletas foram realizadas em uma maternidade. PRINCIPAIS RESULTADOS: O primeiro questionamento levantado era se o leite materno era fraco. Antes da orientação, três responderam que sim: os bebês estavam sempre mamando, o bebê emagreceu e uma não soube responder. Sessenta e uma responderam não, apresentando as seguintes justificativas: o leite materno tem tudo o que o bebê precisa, com todas as vitaminas, nutrientes e anticorpos que protegem de doenças (75% antes) - (92,2% após); não soube ou não respondeu (12,5% antes) - (3,12% após); não existe leite fraco e sim pouco leite (7,82% antes) - (3,12 % após). No final das orientações, a totalidade respondeu não ser fraco. Sobre o uso da chupeta (43,76% antes) - (14,06% após) achavam bom, (28,12% antes) - (76,56% após) ruim e (28,12% antes) - (38% após) não sabiam responder. Referente à alimentação na gestação, as respostas identificadas foram: Alimentação saudável com frutas, verduras, e muita água (78,13% antes) - (92,19% após); comer normalmente e de tudo (12,5% antes) - (4,69% após); evitar frituras (3,12% antes) - (1,56% após); não soube ou não respondeu (6,25% antes) - (1,56% após). Referindo o tempo que estaria disposta a amamentar, responderam: até três meses (3,12% antes) - (0% após); até seis meses (28,12% antes) - (26,56% após); além dos seis meses (68,75% antes) - (73,44% após), justificando: Porque é essencial para o bebê e evita doenças (70,31% antes) - ( 67,19% após); porque retornará ao trabalho (6,25% antes) - (4,69% após); é o tempo suficiente (3,13% antes) - (6,25% após); até quando o bebê quiser ou até quando tiver leite (9,37% antes) - (10,94% após); outros alimentos serão introduzidos (4,69% antes) - (1,56% após); não soube ou não respondeu (6,25% antes) - (9,37% após). Questionou-se por último qual o alimento exclusivo até o sexto mês de vida, evidenciado: o leite materno (96,88% antes), papinha (1,56% antes), e outros alimentos (1,56% antes), citando o feijão na alimentação. Após (100%) responderam ser o leite materno. CONCLUSÕES DO TRABALHO. A influência cultural frente às respostas obtidas limitou a avaliação quanto ao resultado das orientações. A educação em saúde é um grande desafio, em que nem mesmo as dificuldades apresentadas superam a expectativa de visualizar no horizonte essas mudanças.


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