VIVENCIANDO OS PRINCÍPIOS PROFISSIONAIS NO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO

SALETE INES QUADROS, EUNICE MARIA VICCARI

Resumo


Este trabalho é resultado da nossa participação como bolsista do curso de serviço social no Serviço de Reabilitação Física de Nível Intermediário da Universidade de Santa Cruz do Sul-UNISC. Nossa experiência, iniciada no primeiro semestre 2013, tem permitido exercitar os princípios defendidos pelo profissional asssistente social, um dos profissionais que integram a equipe. Entre os objetivos perseguidos em nossa experiência estão: -conhecer as realidades e as vulnerabilidades dos usuários com deficiência, possibilitando assim um atendimento mais eficaz na perspectiva integral; -socializar e interagir com os grupos tanto de usuários quanto de familiares e profissionais que integram a equipe; - disponibilizar, quando necessário, órteses, próteses e meios de locomoção aos usuários com deficiência. Para alcançar esses objetivos, pudemos vivenciar os princípios profissioais, tais como: a valorização do ser humano, a busca pela justiça e equidade social, a convivência com a diversidade e superação de todas as formas de preconceito que são produzidos e reproduzidos, e o alcance dos direitos sociais. Esses objetivos são perseguidos através de um trabalho em equipe que tem como metodologia a interdisciplinaridade. O Serviço é integrado por diversas áreas ligadas à saúde como: fisioterapia, psicologia, serviço social e nutrição. Com profissionais dessas áreas, o Serviço atende às necessidades dos usuários de acordo com a realidade de cada individuo. Percebe-se que o processo de reabilitação física desenvolvido é realizado através de um conjunto de atividades sob responsabilidade desses vários profissionais. Os usuários com os quais interagimos desenvolvem ao longo de suas amputações e protetizações persistência e renovação interna, fatores que requerem um trabalho coletivo. Neste Serviço, temos vivenciado enquanto estudante, aproximações com esses princípios profissionais, tanto na relação com os usuários quanto na relação com a equipe, através do trabalho interdisciplinar realizado. Uma das atividades que desejamos mencionar é o acompanhamento na Sala de Espera - um espaço em que os usuários, reunidos em grupo, discutem sobre o acesso a seus direitos sociais, preparação para amputação ou protetização. Assim, são abordados temas que comumente implicam conversar sobre as dificuldades pessoais, familiares, sobre os preconceitos que envolvem as pessoas deficientes, bem como sobre os limites de alcance dos direitos sociais desse segmento da população. Essas diferentes demandas que os usuários analisam com a equipe nos colocam frente às contradições dos direitos instituídos e alcançáveis que circulam entre a inclusão e exclusão social. Para nós estudantes é um aprendizado permanente que se constrói a partir da relação com o outro e, da mesma forma, permite aprender o exercício profissional.


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