OFICINAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: REPENSANDO NOSSAS PRÁTICAS DE ESCRITA

CARLA REGINA LEIFFEIT, JESSICA TAIARA KOTTWITZ, MARISTELA BALLEJO SCHMIDT, SILVANE MARIA SCHMIDT, ANGELA COGO FRONCKOWIAK

Resumo


Este trabalho busca refletir sobre os resultados obtidos nas oficinas de Língua Portuguesa do Subprojeto Letras/Português, realizadas através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), da Universidade de Santa Cruz do Sul. As atividades foram realizadas durante o primeiro semestre deste ano na Escola Estadual de Ensino Médio Santa Cruz, envolvendo alunos dos ensinos fundamental e médio. Na capacitação de verão do PIBID/UNISC, tivemos uma reunião com os supervisores da escola para iniciarmos as atividades com organização e direcionamento. Nessa reunião, foi acordado que os bolsistas tinham algumas opções de trabalho na escola, entre elas a gestão escolar, o monitoramento e as oficinas. Nós, bolsistas do Subprojeto Letras/Português, optamos pela última, pois acreditamos que, através das oficinas, podemos direcionar melhor a nossa proposta que atinge o ler/dizer, a oralidade e a escrita, que são os três eixos norteadores do nosso subprojeto. Assim, as oficinas foram realizadas no turno inverso ao das aulas. A escola considerou importante que nosso trabalho abrangesse, especialmente, o ensino médio, para que os alunos mantivessem e qualificassem ainda mais as notas favoráveis conseguidas em ENEMs passados. Nós aceitamos a proposta, apesar de, anteriormente, não termos tido uma experiência muito positiva em outras escolas com esse nível de ensino. Como os alunos do ensino médio já estão no mercado de trabalho e participam de alguns cursos, desenvolver atividades com o público adolescente é um desafio, pois nem sempre eles têm disponibilidade para mais um compromisso. Mesmo assim, buscamos maneiras de fazer com que os estudantes participassem ativamente dos encontros. O planejamento para as oficinas foi pensado a fim de preencher as lacunas existentes na escrita. Acreditamos que escrever é um processo que vai se construindo ao longo do tempo, além de ser uma atividade que envolve concentração e conhecimentos sobre o que se pretende abordar. Desse modo, optamos por iniciar as atividades instigando os alunos através da oralidade. Os textos e as discussões tornaram-se ferramentas para que a escrita fosse consequência dos nossos estudos. Depois de realizadas as atividades de leitura silenciosa, do dizer e da oralização, os estudantes começaram a produzir textos curtos e demonstravam opinião sobre os mais variados assuntos. Assim, percebemos o quanto a perspectiva de escrita é excessivamente escolarizada na forma escolar, tornando-se algo direcionado para provas e avaliações, afastando os discentes do lento processo de construção da escrita. O ato de escrever é mais complexo do que imaginamos e envolve, principalmente, a ampliação do repertório do aluno. A oficina tornou-se o instrumento que possibilitou que esse processo se intensificasse. A motivação dos alunos mostrou-nos, nesse período, que é possível tornar a escrita prazerosa. O projeto nos permitiu fazer reflexões que consideramos essenciais para as próximas experiências. As oficinas realizadas com o ensino médio instigam e desafiam a cada semestre o nosso subprojeto de Letras Português, que pretende se aperfeiçoar ainda mais nesse nível de ensino.


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