PORQUE O CONTO ENCANTA?
Resumo
O presente estudo vincula-se ao Subprojeto 3 - Letras Português, referindo-se a uma proposta de atividade com o gênero conto, desenvolvida na E.M.E.F. Menino Deus, com quatro turmas de 6os anos, tendo como faixa etária alunos entre 11 e 14 anos. Foi oportunizada ao grupo a abordagem de diferentes gêneros textuais como, por exemplo, poemas, contos e reportagens, conduzindo-os ao conhecimento de diferentes formas de expressão da linguagem escrita, uma vez que, através da descoberta do prazer proporcionado pela leitura de um texto, se caminha na direção de adquirir o hábito de ler. Mediante a variedade de gêneros textuais apresentados, surgiram alguns questionamentos e reflexões acerca da prática pedagógica: por que o contato inicial com os contos encantou e conquistou os discentes? Por que e de que forma ocorreu a preferência pelo gênero conto? Quais seriam os elementos que provocaram essa identificação por parte dos alunos? Compreendidas as características dos contos - que se multiplicam em diferentes possibilidades de construção -, aponta-se a brevidade do texto como relevante elemento característico, que prende a atenção do leitor/aluno, ainda com um frágil trajeto de formação de leitor, e leva-o diretamente - e rapidamente - ao desfecho, o qual deve ser sempre uma surpresa, a resolução de um enigma. Assim, a partir da evidente preferência pelo gênero, pretendeu-se tirar proveito da identificação e oportunizar repertório de leitura, estimular para a liberdade de criar e narrar, diversificar autores e temas (como terror, suspense e comédia), desenvolver habilidade da linguagem escrita e falada, abordar aspectos gramaticais e elementos de interpretação, possibilitar aquisição de vocabulário, entre tantos outros benefícios proporcionados pela leitura e reflexão sobre os textos, levando aos jovens uma seleção de contos interessantes. Além da concisão já citada, que consiste na rápida apresentação e condução dos acontecimentos narrativos a um desfecho, o conto está ligado à necessidade imperiosa que o ser humano tem de narrar e narrar-se. A referida proposta foi o ponto de partida para futuras produções textuais. Está aí, pois, o encantamento de socializar uma diversidade de textos e a possibilidade de construir, a cada contato, uma outra experiência de leitura. Encantamento esse que influencia não só os discentes, mas também tem efeitos sobre nós, bolsistas, quando, em nossas atuações, nos envolvemos e compartilhamos com os alunos o entusiasmo e a motivação concedida pela magia dos contos.
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