O JOGO DE LUZ E SOMBRA NO PROCESSO DE LETRAMENTO
Resumo
Esse resumo propõe apresentar uma das atividades realizadas por nós, bolsistas do Subprojeto 3 - Letras Português do PIBID/UNISC, no primeiro semestre de 2013, na Escola Municipal Menino Deus, que se localiza na zona sul da cidade de Santa Cruz do Sul. As oficinas eram semanais e ocorriam em duas turmas: uma das 13h às 14h30min, outra das 15h20min às 16h50min. O público alvo eram os alunos dos 4ºs e 5ºs anos do Ensino Fundamental que vinham no turno oposto ao das aulas. A atividade que vamos expor teve duração de quatro oficinas e contou com uma média de dezoito discentes por semana. Primeiramente, assistimos à animação francesa Príncipes e princesas, de Michel Ocelot, que conta seis histórias curtas por meio de técnicas baseadas no teatro de sombra. Ao final do filme, nós conversamos com os alunos sobre o que eles haviam achado sobre a obra. A avaliação de que eles compreenderam os aspectos estéticos e narrativos foi feita durante a própria exibição, por meio dos comentários e das reações dos estudantes, que riram nas cenas cômicas e esboçaram espanto, aprovação ou reprovação nas cenas dramáticas. Na oficina seguinte, propusemos que eles fizessem as suas próprias histórias, criando os personagens e, posteriormente, construindo suas narrativas utilizando a técnica do teatro de sombra. Distribuímos diversos materiais, tais como papéis de diferentes materiais e espessuras, tesouras, colas, fitas adesivas, lápis, canetas, barbantes e outros. Só depois de eles terem confeccionado diversos personagens e cenários (que incluíam monstros, animais, princesas, castelos, palhaços etc.), propusemos que elaborassem as histórias e começassem a montar as apresentações. Individualmente ou em dupla, utilizaram o retroprojetor para projetar as sombras dos seus personagens e cenários na parede e contaram, oralmente, as histórias criadas para os colegas. Somente na última oficina, após todo o processo, incentivamos os discentes a escreverem as narrativas. Distribuímos folhas pautadas, lápis, borrachas e demos as orientações para que eles começassem a escrita. Enquanto eles faziam isso, utilizamos o quadro branco para auxiliar nas dúvidas e problemas na construção dos textos, às vezes, com a ajuda dos próprios estudantes. As atividades de produção textuais que partem do contato com os materiais e conduzem à escrita são uma constante no Subprojeto de Letras/Português do PIBID e vêm dando resultados positivos, auxiliando na liberdade de expressão para a construção da escrita, assim como na organização dos pensamentos e dos sentimentos na sua transposição para o papel, sendo, certamente, propulsoras de efetivo letramento.
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