PET-SAÚDE/SAÚDE DA FAMÍLIA E EFEITOS PARA TRANSFORMAÇÕES NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: UMA PERSPECTIVA DOS ACADÊMICOS DE PSICOLOGIA.

ANELISE WARTCHOW STROHM-SCHLICHTING, EDNA LINHARES GARCIA, MARCIO ANDRE SCHIEFFERDECKER

Resumo


O presente resumo traz um relato de experiências/vivências de bolsistas do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-SAÚDE/Saúde da Família, estudantes do Curso de Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, que realizaram atividades nas Estratégias de Saúde da Família - ESF's no município de Santa Cruz do Sul - RS. O referido programa se caracteriza como instrumento para qualificação de acadêmicos em serviços da saúde, assim como de iniciação ao trabalho e experiências/vivências de acordo com as prioridades do Sistema Único de Saúde - SUS. Em dois anos de projeto os acadêmicos se depararam com diferentes realidades e configurações comunitárias que, por si só, representam um desafio aos estudantes e profissionais da saúde, sobretudo para desenvolver atividades pautadas na prevenção e promoção em saúde, além do cuidado e tratamento de cunho ambulatorial. Objetivamos com este relato discorrer sobre a importância da inserção dos acadêmicos de diversos cursos de saúde em projetos de extensão que possibilitem atuação em uma equipe multiprofissional, visando uma formação pautada nos princípios do SUS. No Brasil, atualmente, novas demandas de saúde surgem em função de diferentes articulações entre ministérios, frente a reivindicações sociais por melhorias nos atendimentos de saúde. Neste contexto, o tema da humanização é colocado em pauta de modo a sustentar que as ações de saúde fortaleçam o vinculo entre serviço e comunidade, trabalhando diferentes aspectos condizentes com uma concepção de saúde mais abrangente, não apenas enquanto ausência de doença. O objetivo fundamental é buscar a autonomia, apostando nas potencialidades dos indivíduos. A partir do momento em que nos é possibilitado contribuir com projetos, programas em bolsas de estudos, podemos participar de discussões que enfocam a importância de políticas públicas e da educação permanente como questões cruciais para a formação, considerando os diferentes atores sociais, proporcionando maior aproximação com as comunidades. Assim somos convidados a construir e perceber processos de subjetivação, onde a atuação do psicólogo possibilita compreender fenômenos sociais, contribuindo para que as politicas públicas possam abranger diferentes aspectos dos direitos humanos. Também a isso se relaciona o processo de humanização em saúde, onde os profissionais precisam estar atentos aos movimentos comunitários, respeitando a capacidade de autonomia de cada indivíduo/família, onde o profissional de saúde não é o detentor do saber, mas um ator social tão importante quanto os outros que participam ativamente do processo de construção, adequações em saúde e controle social. Deste modo, pensamos a saúde mental relacionada com as vivências/experiências de cada sujeito, que se associam a percepção sobre a vida, a liberdade de escolha, a autonomia, transcendendo a soma das "partes" na concepção biopsicossocial, espiritual e ecológica, onde o psicólogo se propõe a potencializar os vínculos sociais, comunitários e familiares no contexto da Atenção Básica.


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