Este trabalho é um relato da experiência que vivenciei com a realização da minha monografia no primeiro semestre do ano de dois mil e doze. A monografia intitulada Afetividade na escola, teve como objetivos principais refletir sobre a importância da afetividade no currículo escolar e analisar quais ações pedagógicas podem ser trabalhadas na escola para mediar o processo de ensino-aprendizagem relacionado à afetividade. Minha relação com essa temática nasceu das experiências como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID, em uma escola pública, pelas observações realizadas nas quais percebi que a falta de conhecimentos da vida afetiva nos impede de trabalharmos melhor nossas emoções e sentimentos, e que também não saibamos resolver os conflitos da vida cotidiana. A pesquisa buscou, primeiramente, conhecer melhor os conceitos de afeto e afetividade e de como a afetividade pode ser incorporada ao currículo escolar e ao papel do professor. Com o intuito de fundamentar melhor a pesquisa e de fazer com que as crianças considerem os sentimentos , as emoções e as relações interpessoais como temas de reflexão, algumas atividades práticas também foram pesquisadas e propostas, sendo que duas delas foram realizadas com a turma em que trabalhava naquele período, que era composta por quinze crianças do primeiro ano do ensino fundamental. A primeira dessas atividades propunha um exercício de conversação com o grupo sobre o que significa estar feliz ou triste, como poderia notar essa felicidade ou tristeza; e a outra que utilizou o desenho como instrumento para demonstrar alguns sentimentos e emoções e as causas que os originam. Diante dos conhecimentos construídos durante a realização desse trabalho e das atividades realizadas, posso afirmar que a afetividade é um componente essencial na vida do ser humano e que, mesmo não fazendo parte dos programas escolares, deve ser trabalhada na escola. Nesse cenário o professor ocupa um espaço de mediador, fazendo com que esse tema faça parte do seu planejamento, interligando-o às demais áreas do conhecimento pois, na maioria das vezes, as crianças carecem de recursos para analisar e intervir da melhor forma no que se refere aos seus sentimentos e emoções, ocasionando brigas e até mesmo agressões físicas. Ressalta-se, ainda, que para que o trabalho com afetividade tenha êxito, ele deve ser realizado no decorrer do ano, a cada vez que aconteçam conflitos interpessoais ou em relação aos estados de ânimo das crianças. Isso possibilita às crianças entenderem, expressarem e compartilharem melhor suas emoções e sentimentos, agindo de forma pacífica frente ao surgimento de problemas. Devemos reavaliar o que se tem feito na escola até o momento, não podemos falar em mudança se os conhecimentos sociais e afetivos ficarem de fora do currículo. É através desses conhecimentos, geralmente não proporcionados pela escola, que podemos melhorar a sociedade em que vivemos, vendo com outros olhos o mundo e as pessoas que nos rodeiam.