EM BUSCA DA CONEXÃO JOVEM
Resumo
Este resumo tem por objetivo relatar as nossas vivências nas oficinas de Leitura e Produção Textual, ocorridas de março até junho de 2013, na Escola Estadual de Ensino Médio Estado de Goiás, como bolsistas do Subprojeto de Letras - Português. No primeiro momento, elas ocorreram com alunos(as) dos 1° anos do Ensino Médio, os quais mostraram interesse nas oficinas e trouxeram como sugestão o trabalho com dissertações pelo fato de as redações em vestibulares e ENEM exigirem essa abordagem. Nas oficinas, selecionamos dinâmicas, vídeos, músicas e textos diversos e, em seguida, possibilitamos a leitura silenciosa, a vocalidade, a escrita, as conversas e os debates antes de solicitar produção específica de textos; porém, os discentes foram demonstrando desinteresse, passando a não vir mais. A partir daí o nosso foco de público-alvo mudou, fizemos convite para alunos dos 2° e 3° anos do Ensino Médio. Continuamos praticamente com a mesma metodologia de trabalho, mas com uma ênfase maior nas rodas de discussões, na tentativa de aumentar o senso crítico para a produção textual. O caráter interdisciplinar de nosso trabalho muito auxiliou essa perspectiva, pois contamos com o auxilio de um graduando do Subprojeto de História, o que enriquece a disposição argumentativa dos alunos na escola. Preocupamo-nos com o sistema escolar que exige um retorno imediato de respostas e posicionamentos dos alunos e pensamos na própria escrita e reescrita como uma das formas de lançar outras perspectivas para que o aluno desenvolva interesse por ela, partindo do que já traz em sua bagagem e dando tempo para que ele faça a reflexão sobre o processo de interação entre assunto/debate/escrita. Com as reuniões que acontecem semanalmente no Subprojeto Letras - Português, recebemos a sugestão e alcançamos a proposta da realização de um jornal que abriu espaços para o trabalho com as turmas de forma agradável. Em um segundo momento, surpreendemos os alunos por dar a responsabilidade a eles de realizarem a seleção de textos para as oficinas e rodas de debate, isto é, os alunos leram e discutiram o que realmente queriam e tinham interesse. Dessa forma, utilizamos a leitura de diversos textos em nossas atividades, pois os alunos precisavam de mais bagagem para as suas respectivas escritas, o que propiciou oficinas mais dinâmicas. Finalmente, após esse processo de pesquisa de textos/discussão, chegamos ao ponto de escrever. Esta escrita foi feita com nosso acompanhamento, os alunos demonstraram algumas dúvidas, as quais auxiliamos a sanar. É importante salientar que alguns destes textos já fazem parte do jornal proposto, o que faz com que eles se sintam valorizados pelo que escrevem. Concluímos que ser professor é muito mais do que ser ditador de exercícios e leituras, pois o significado de uma aula está primeiramente ligado à intenção do professor e, por isso é importante valorizar o que o aluno produz, percebendo que é necessário dar tempo ao tempo para se constitua uma boa escrita, com a explanação e/ou argumentação sobre os assuntos sugeridos ou pedidos em redações como ENEM e vestibulares.
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