CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA PARA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NA COOPERATIVA DOS CATADORES DE SANTA CRUZ DO SUL

AUGUSTO DALPIAZ DA SILVA, ROSI CRISTINA ESPÍNDOLA DA ILVERIA, IURI JOÃO AZEREDO

Resumo


O trabalho, no qual eu estou inserido desde maio de 2013, pertence aos trabalhos de extensão da UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul), e é desenvolvido por estudantes, professores e técnicos da equipe da PROEXT da universidade, além dos trabalhadores e apoiadores da Cooperativa dos Catadores de Santa Cruz do Sul (COOMCAT). Essa idealização tem o intuito de capacitar os catadores nos setores administrativos, de custos, de autogestão, de formação de lideranças e de aspectos sanitários e ambientais para a gestão da usina. Os objetivos que o projeto visa alcançar são: apoio à reativação e reforço na comunicação do Fórum de Ação pela coleta Seletiva Solidária e Reciclagem do Lixo em Santa Cruz do Sul, auxílio na assessoria de comunicação da Cooperativa dos Catadores de Santa Cruz e em seus três braços: Usina de Triagem, Setor da Coleta Seletiva e Rede Catapampa (organização regional dos catadores). Todas essas ações estão sendo organizadas dentro de duas vertentes, que são: Eixo de Formação e Produção, que visa à formação de lideranças, gestão do conhecimento tecnológico e comercialização; tecnologias para agregar valor e maximizar ganhos; e Eixo Formação de Articulações de Redes Sociais, que busca uma maior divulgação do que acontece na Usina. A metodologia que vai ser usada tem a finalidade de desenvolver um planejamento sistemático, com o intuito de procurar uma maior produtividade, segurança, bom ambiente de trabalho, motivação dos cooperativados, trabalhando a questão do cooperativismo. Para ajudá-los a tentar aumentar a produtividade, a proposta é auxiliá-los, tentando obter a destinação certa para os resíduos descartados, contendo os gastos da Usina de Triagem e fazendo com que os trabalhadores tenham a melhor produção possível. Criar propostas que melhorem o relacionamento interno da Usina, sempre tentando que a relação entre os trabalhadores seja pacífica: tudo isso também está dentro das pautas do projeto. Para alcançar os alvos citados acima, usamos oficinas internas, em que cada trabalhador manifesta seus pontos positivos e negativos a respeito do trabalho de forma geral. Através disso, poderemos ter um "mapa" daquilo que precisa ser aprimorado e, com esse diagnóstico, poder ir atrás de ações para sanar os possíveis problemas e ajudá-los a alcançar cada vez mais protagonismo, ter melhores condições e conseguir deixar a classe mais reconhecida pela sociedade de uma forma geral. Outra maneira de ajudá-los é trabalhando com o FACS (Fórum de Ação pela Coleta Seletiva Solidária). Esse fórum visa fazer reuniões periódicas junto com a cooperativa para avaliar a real situação da Usina de Triagem, através de debates em que os cooperativados expõem seus problemas e o cotidiano dentro da cooperativa. A partir disso, os presentes (os fóruns são abertos à população em geral) podem dar opiniões e, através disso, melhorias irão ser adotadas pelos catadores. Com esses resultados, junto com outros que possam aparecer durante o dia a dia, é que se espera poder terminar com possíveis fatores adversos que possam acontecer dentro da vida do catador. E, assim, tentar dar o máximo de qualidade de vida para essas pessoas, assim como deixá-los em situações em que não sofram nenhum preconceito da população de uma forma geral, para fortalecer a identidade sociocultural dos catadores visando a sua emancipação, garantindo a sua identidade profissional e cidadã.


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