A construção do conhecimento de forma colaborativa através de ambientes virtuais de aprendizagem é uma realidade alcançada e evidenciada pela popularização da Internet. Contudo, há uma capacidade intelectual subutilizada quando barreiras impedem que pessoas com deficiência tenham acesso a estes ambientes virtuais de aprendizado. Diante deste desafio, o grupo de pesquisa do NIEE da UFRGS, em suas investigações para promover a inclusão de pessoas com deficiência, tem gerado importantes contribuições relativas à acessibilidade. O Eduquito, um ambiente digital/virtual de aprendizagem, é produto desta história de respeito e valorização da necessidade humana e tem mobilizado o grupo na constante pesquisa por ferramentas que removam barreiras de acessibilidade na web, concretizando uma sociedade mais inclusiva. De modo a apoiar a pesquisa na necessidade de integrar um editor de texto acessível ao Eduquito, um estudo acerca da acessibilidade, usabilidade e deficiência visual foi realizado e resultou em critérios para escolha de um editor de texto para web. Todo desenvolvimento do Eduquito foi concebido utilizando softwares livres com código aberto. Mantendo esta característica, os editores para web TinyMCE e CKEditor, ambos open sources, foram avaliados nos seguintes aspectos: confiabilidade da comunidade que desenvolve o editor, recursos de acessibilidade, popularidade das ferramentas empregadas no desenvolvimento, bom desempenho, qualidade e documentação do código fonte que viabilizem o desenvolvimento de melhorias. Também foi avaliada a compatibilidade com os principais navegadores de Internet. Para conhecer as reais necessidades de pessoas cegas com o editor de texto web, um teste com usuário foi realizado, seguindo as recomendações de importantes autores O teste foi uma importante ferramenta que possibilitou encontrar problemas de acessibilidade e usabilidade. A análise do teste, unida às sugestões de melhorias, resultou nos requisitos que serão implementados no segundo semestre de 2013. As novas funcionalidades e melhorias que estão sendo construídas no editor de texto seguem as recomendações da comunidade que mantém o CKEditor. Dentre estas recomendações segue-se os padrões de nomenclaturas para o código fonte, a realização de testes, entre outros. Após a finalização da implementação de todos os requisitos, o código fonte será disponibilizado para a comunidade que poderá analisar e, se for aprovado, lançar essas melhorias na próxima release do editor. Por fim, o editor de texto acessível para web será entregue para o grupo de pesquisa NIEE da UFRGS concretizando mais um passo de pesquisa em direção a uma web mais inclusiva, para todos.