A PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA CITOMEGALOVÍRUS PRESENTES EM ALUNOS DA 16ª TURMA DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

JANE DAGMAR POLLO RENNER, BRUNA POLANSKI COSTA, DANIEL CARLOS FISCHER FILHO, FELIPE ANAWATE MUNIZ TAVARES, FERNANDA PITELKOW FIGUEIRA, JESSICA CALHEIRANA GUZZO

Resumo


Introdução:O Citomegalovírus (CMV) é um herpesvírus humano do tipo 5 (HHV-5), pertencente à família Herpesviridae, subfamília Betaherpesvirinae, gênero Citomegalovírus. Seu genoma é constituído de DNA que se encontra no interior de um capsídeo proteico.Estudos de soroprevalência de anticorpos anti-CMV na população mundial demonstraram que o CMV ocorre em todas as regiões do mundo, no entanto, a incidência de infecções mostra-se acentuada em regiões desprovidas de recursos socioeconômicos. Esse vírus apresenta sua forma de contágio através do contato com a saliva, sêmen, secreções vaginais, urina e a ingestão de leite materno, bem como por via transplacentária, transfusões sanguíneas ou transplante de órgãos.O CMV se utiliza de diversos mecanismos de evasão do sistema imunológico humano, como entrar em estado de latência (característica peculiar do vírus), ou comprometer as defesas do hospedeiro. Depois de uma infecção, o CMV pode se abrigar em diversos tipos de célula, como leucócitos e células endoteliais. Assim, após uma infecção primária, geralmente assintomática, o vírus não é eliminado do organismo e, como os outros herpesvírus, permanece ali de forma latente, e sua viremia se mantém em níveis reduzidos. Entretanto, quando a imunidade dos pacientes está reduzida, como é o caso de recém-nascidos, transplantados, HIV positivos ou leucêmicos, o vírus pode se manifestar de forma exacerbada, com sinais clínicos graves. Para se chegar ao diagnóstico da infecção pelo CMV, são utilizadas, essencialmente, três técnicas laboratoriais: o isolamento viral em cultura de fibroblastos humanos; a detecção do DNA viral pela reação em cadeia da polimerase (PCR); e testes sorológicos, mediante IgManti-CMV, ou240 IgGanti-CMV. Objetivos:240Este estudo tem por propósito avaliar a frequência de anticorpos em combate ao CMV, mediante testes sorológicos realizados em alunos da turma do segundo semestre de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul.240Metodologia:240Foi realizado um estudo descritivo e analítico incluindo 25 amostras dos alunos do 2º semestre de medicina da UNISC. As amostras de soro foram obtidas na aula prática de Imunologia e, em seguida, foi realizada a sorologia com o kit ImmunoComb II CMV IgG, cujo princípio do teste é um ensaio imunoenzimático (EIA) indireto em fase sólida, que apresenta 94,6% de sensibilidade e 99,5% de especificidade.240Resultados: O teste realizado com os 25 alunos indicou positivo para 21 deles; logo, 84% apresentam anticorpo IgG para o Citomegalovírus, seja essa imunidade recente ou não. Nos 16% negativos, ou seja, sem imunização, prevaleceu o sexo masculino, com 3 sujeitos - 75% dos negativos. 66,66% dos sujeitos masculinos foram imunizados, enquanto 99,93% das mulheres continham a proteção. Dessa maneira, vê-se imunidade em quase 100% das mulheres, tendo em vista que a amostra inicial era formada por 54% destas.240Conclusão:240Em vista dos resultados obtidos referentes à prevalência de imunidade ao CMV na turma do segundo semestre de Medicina da UNISC, houve convergência com os dados mundiais, nos quais a imunidade do CMV estaria presente em torno de 90% da população. Também, conclui-se que a imunidade se apresenta superior entre as mulheres da turma.


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