RELATO DE EXPERIÊNCIA: ACADÊMICAS DE MEDICINA VIVENCIANDO MULTIDISCIPLINARIDADE NO VER-SUS 2014
Resumo
Introdução: Iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com a Associação Brasileira da Rede Unida, o Conass, o Conassem, a UNE, a Fiocruz e a UFRGS, o VER-SUS (Vivências e Estágios da Realidade do Sistema Único de Saúde) tem como objetivo introduzir acadêmicos de todas as áreas como observadores da realidade do SUS, para que esses protagonizem mudanças em seu modo de ver o sistema de saúde, visando a melhoria progressiva das unidades e do atendimento, que deve ser universal, longitudinal, acessível e integral. Por meio de visitas aos serviços e conversas com funcionários, usuários e gestores, os participantes do VER-SUS são convidados a refletir, sob a ótica de todos os integrantes do grupo de vivência, a respeito do que viram e vivenciaram em cada dia da experiência. Os diferentes pontos de vista expostos nas discussões são o que engrandece a atividade, uma vez que os acadêmicos de diferentes áreas costumam encarar as situações por outros ângulos. Esse é o ponto chave da vivência: conhecer o que pensam, sobre os mais variados assuntos, profissionais e futuros profissionais de áreas diferentes; pois ouvir diferentes posições engrandece enquanto pessoas e enquanto trabalhadores, tornando-os mais aptos a trabalhar de maneira multiprofissional e a entender a realidade da população atendida. Objetivos: Relatar a experiência de duas acadêmicas de Medicina no tangente a multidisciplinaridade e cogestão ao realizarem a vivência de verão do VER-SUS 2014, na cidade de Santa Cruz do Sul. Metodologia: Descrição e análise da vivência que iniciou através do processo de seleção realizado em Dezembro de 2013, em que foram escolhidos 24 acadêmicos das cidades de Santa Cruz do Sul, Lajeado, Santa Maria e Porto Alegre, estudantes dos cursos de Medicina, Psicologia, Enfermagem, Odontologia, História, Relações Internacionais, Serviço Social, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, para passarem 13 dias juntos (de 2 a 14 de Fevereiro de 2014) alojados na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) com o intuito de conhecer os serviços de saúde da cidade e refletir de maneira multidisciplinar a respeito do vivenciado. Resultados:240 Durante os dias de vivência, foi possibilitado conhecer melhor240 cada profissão inserida no grupo, suas áreas de atuação e funções dentro da rede de saúde. Isso é de suma importância para a formação médica, pois, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, o trabalho na rede deve ser de forma interdisciplinar e multiprofissional. Outro fator relevante foi entender como diferentes áreas observam uma mesma situação ou paciente, pois cada olhar se volta em especial para o viés que pode ajudar a resolver. Assim, ao final da experiência, estava-se mais sensível a todos os pontos de vista e passou-se também a ver detalhes dessas relações. Conclusões: Seis meses após a vivência, observou-se como a experiência modificou a maneira de olhar para os problemas sociais e para cada paciente inserido em diferentes contextos. Conhecendo-se a atuação de outros profissionais com os quais, certamente, trabalhar-se-á em breve, ensinando-se as vantagens que uma equipe multiprofissional apresenta ao tratar um paciente, que passa a ser assistido em todos os setores. Para o acadêmico de Medicina essa formação complementar é muito importante para a gênese de uma geração de médicos capazes de atuar em equipe, de forma mais equânime e participativa e com uma visão mais holística de todo o sistema e das necessidades do paciente.
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