RELATO SOBRE A I SEMANA DA DIVERSIDADE SEXUAL ORGANIZADA PELO DIRETÓRIO ACADÊMICO DA PSICOLOGIA

AMANDA CAPPELLARI, EDUARDO STEINDORF SARAIVA, CAMILA DEUFEL, CAROLINE DA ROSA COUTO, LETICIA MAISA EICHHERR, SHARYEL BARBOSA TOEBE, YANAE MAIARA MEINHARDT

Resumo


INTRODUÇÃO: A proposta de montar uma programação para discutir a diversidade sexual tomou forma durante uma das reuniões do Diretório Acadêmico de Psicologia, que logo estendeu o convite para a organização do evento a todos os DAs da Universidade, recebendo resposta positiva somente do DA da Enfermagem.240Embora somente um curso da Universidade tenha se interessado em participar da organização efetiva desse evento, a participação na programação superou as expectativas iniciais, contando com a presença de estudantes do ensino fundamental e médio, alunos de mestrado e acadêmicos de, pelo menos, onze cursos da graduação. OBJETIVO: A I Semana da Diversidade Sexual teve como objetivo discutir temas que há muito se fazem necessários ser abordados, mas que são quase240totalmente invisibilizados dentro do Curso de Psicologia e de muitos outros nessa Universidade. METODOLOGIA: As atividades foram compostas da seguinte maneira: Roda de conversa: Meu afeto te afeta? Discussões sobre a Homofobia; Oficina de construção de Bonecos Sexuados; Cine-debate sobre o filme "Orações para Bobby"; Roda de Conversa: Vidas à margem: reflexões feministas e devires Queer; Debate sobre o documentário "Eu não gosto dos meninos"; Ato Desconstruindo a Heteronormatividade com performance e batucada. RESULTADOS: Durante toda esta semana, mas principalmente no momento de construção e realização do Ato, percebeu-se que o silêncio paira na academia quando o assunto é sexualidade. Assim, maneiras de solicitar que a Diversidade Sexual seja transpassada dentro das disciplinas começaram a ser pensadas. Inicialmente pensou-se em reivindicar uma disciplina abordando a temática, no entanto, deu-se conta de que uma disciplina específica poderia acabar por causar um efeito negativo, simbolizando que este é um tema à parte dos outros. Pensou-se então em reivindicar que esse seja um tema abordado de maneira transversal na Psicologia, tomando-se sempre o cuidado para não reforçar a lógica de alinhamento sexo-gênero-orientação sexual, tentando desconstruir os papéis de gênero e problematizar o preconceito. CONCLUSÃO: Identificou-se o silêncio geral acerca desses assuntos dentro da academia, não como um 223não posicionamento224, mas como um posicionamento sim, que acaba por ser conivente com a ordem vigente de uma sociedade homofóbica e machista, por isso reivindicou-se que o Curso tome uma posição, ajudando a desconstruir o preconceito que a própria Psicologia, durante muito tempo, legitimou com patologizações e ainda legitima nos seus silêncios.


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