COMPARATIVO DA UTILIZAÇÃO DE FORMOL E GLICERINA PARA A CONSERVAÇÃO DOS CADÁVERES DO LABORATÓRIO DE ANATOMIA HUMANA

PRISCILA DOS SANTOS PAIM, SABRINA TOILLIER, LEDA MARIA BARTHOLDY

Resumo


RESUMO: O Laboratório de Anatomia Humana da UNISC conserva atualmente 23 corpos em fórmulas químicas conhecidas como formol e glicerina. Há variados métodos conhecidos atualmente para a conservação de peças anatômicas e dois dos mais utilizados são as formolizações e glicerinações, ambos necessitando de tempo e local adequado para serem mantidos e conservados. Com este comparativo, o objetivo visa englobar um entendimento das vantagens e desvantagens dos métodos para a conservação de cadáveres em laboratórios anatômicos humanos. Quando o cadáver chega ao laboratório, é perfundido com 10% de solução salina para limpeza, após sendo perfundido com 10% de formol e então posto em tanques fixos contendo o produto por dois meses. A conservação em formol requisita manutenção, que ocorre de quinze em quinze dias, onde os cadáveres são colocados nos mesmos tanques, ficando expostos durante os finais de semana e/ou feriados seguintes, para que seja novamente fixado o reagente. Após este período, os cadáveres são retirados destes tanques e colocados em macas fixas e/ou móveis, devendo então ser molhados três vezes ao dia com água para não haver a secagem das estruturas anatômicas. Já o processo de manutenção da glicerinação ocorre após um tempo de conservação dos cadáveres em formol, mas este processo ocorre apenas uma única vez, quando o cadáver é colocado em tanque com glicerina. Para isso, necessita-se que o corpo seja mantido seco, encerrando o uso da água, alguns dias anteriores para que o processo de glicerinação seja feito corretamente. Dentre as vantagens da formolização pode-se citar a conservação das peças, mantendo a coloração e a textura das estruturas, facilitando a visualização ao professor e acadêmico na hora dos estudos, respectivamente. O formol é uma substância caracterizada como odor relativamente forte, que causa uma variância de desconfortos quando o público é expostos ao produto, tais como irritação nos olhos, vias aéreas e garganta, dores de cabeça e náuseas, além de necessitar sempre de manutenção, devemos molhar os cadáveres com água três vezes ao dia para que não haja ressecamento das estruturas, fazendo com o que o processo apresente um custo mais elevado. Já a glicerinação age como um oposto ao processo utilizando formol, pois o cheiro é mais suave comparado ao formol e mantém os cadáveres comparativamente mais conservados por não precisarem de manutenção. Não são colocados nos tanques, sendo considerado método mais econômico. Sua desvantagem foca na impossibilidade da utilização de água, pois a glicerina é hidrofílica e o contato com água poderia deteriorar estruturas do laboratório. A manutenção das macas é feita diariamente, ficando bastante sujas ao trocar corpo de uma maca ou virar um corpo na maca. Para segurança dos bolsistas e funcionários deve-se fazer a utilização dos EPIs (equipamento de segurança individual) como: calça comprida, jaleco de manga longa, sapato fechado, luvas impermeáveis de procedimentos, máscara panorâmica respiratória, com filtro. Com isso, conclui-se, de forma lógica, que a utilização da glicerina é o método mais econômico.


Palavras-chave: Conservação de cadáveres, Glicerina, Formol, Laboratório de Anatomia Humana, UNISC.


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