A MULHER E O ENVELHECIMENTO: UM OLHAR SOBRE OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES

CINDI ZAGO DA SILVA, DEBORA REALI BECK, MARILEUSA DOS SANTOS LIMA, MICHELE SANTANA KUDRNA, FRANCISCA MARIA ASSMANN WICHMANN

Resumo


Introdução: A elevada incidência dos fatores de riscos cardiovasculares na mulher é consequência do envelhecimento natural e do estilo de vida. Nas mulheres, as manifestações clínicas da doença cardiovascular aparecem em média 10 a 15 anos mais tardiamente que nos homens. Objetivo: Diante do exposto, o objetivo deste estudo é avaliar a prevalência e simultaneidade dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo com informações secundárias obtidas nos prontuários clínicos do Serviço Integrado de Saúde. Os dados fazem parte do projeto de extensão universitária 223Promoção do Envelhecimento Saudável: monitoramento continuum nas doenças crônicas224, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade, sob o número 25462314000005343. Os fatores de risco analisados a partir do prontuário foram: idade, circunferência abdominal, obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes mellitus, etilismo, atividade física, tabagismo e frequência do consumo diário de alimentos aterogênicos. As informações foram inseridas em uma planilha Microsoft Excel (2010) e apresentadas segundo média e percentual. Resultados: A amostra foi constituída por 50 mulheres. A média de idade das participantes foi de 67,38 anos, variando de 60240a 86 anos. O fator de risco mais prevalente foi a hipertensão, atingindo 70,0% (n=35) das idosas, seguido por circunferência abdominal classificada em risco muito aumentado (62,0%; n=31) e240 obesidade (56,0%; n=28). Das 35 pacientes hipertensas, 68,57% (n=24) eram obesas, 62,86% (n=22) possuíam circunferência abdominal de risco muito aumentado, 32,0% (n=16) eram diabéticas e 20,0% (n=7) apresentavam associação entre os quatro riscos para doenças cardiovasculares. Os níveis de colesterol variaram entre 98mg/dl e 317mg/dl com média igual a 108,88 mg/dl e os triglicerídeos oscilaram entre 55mg/dl a 327mg/dl, obtendo a média de 63,60mg/dl. O padrão alimentar de consumo característico da população estudada foi formado por carnes 223gordas224, bebidas açucaradas, lanches, óleos e gorduras, laticínios e ovos, sendo considerado marcador negativo para doenças cardiovasculares (DCV). Constatou-se predomínio do consumo de margarina, 91,43% (n=32), leite integral por 82,86% (n=29), embutidos 48,57% (n=17), salgados industrializados 44% (n=22), gordura e pele de frango 38% (n=19), açúcares 34% (n=17), frituras 32% (n=16), enlatados 20% (n=10) molho pronto 16% (n=8). Conclusão: Os resultados apresentados estão contribuindo para a aprendizagem dos acadêmicos do curso de Nutrição, no ensino, pesquisa e extensão. Do mesmo modo em que estão fortalecendo a rede de discussões no serviço integrado de saúde com a Medicina, Psicologia e Enfermagem, para reverter este quadro epidemiológico das idosas assistidas pelo serviço. O elevado percentual de idosas com um ou mais fatores de risco associados reforça a necessidade de se realizar ações preventivas a fim de estabelecer mudanças dietéticas e no estilo de vida da população.


Palavras-chave:240Doenças cardiovasculares, Fatores de risco, Mulheres, Envelhecimento.


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