O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCH) E A EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CONTEXTO ASSISTENCIAL

MARI ANGELA GAEDKE, MANUELA FILTER ALLGAYER, MARIA HELENA TAROUCO CARPES, JANINE KOEPP

Resumo


Introdução: Entre as vivências práticas do curso de graduação em Enfermagem, está a disciplina de Enfermagem no Processo de Cuidar 226 Unidade de Terapia Intensiva e Emergência, desenvolvida no Hospital Santa Cruz, que propicia assistência direta aos pacientes em situação crítica.240O Brasil, no que diz respeito às fases de transição demográfica,240encontra-se na fase Intermediária de Convergência de Coeficientes, onde, apesar do declínio das taxas de fecundidade e mortalidade, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) representa ainda a primeira causa de morte e incapacidade no País, o que cria grande impacto econômico e social. Desta forma, este agravo representa hoje uma das principais causas de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Objetivos: Retratar os diagnósticos de enfermagem enfatizando sua importância no contexto assistencial do paciente acometido por acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCh). Metodologia: Trata-se de um estudo de abordagem metodológica do tipo estudo de caso realizado em uma UTI de um hospital-ensino localizado em um município do interior do Rio Grande do Sul (RS), vinculando à disciplina supracitada do sétimo semestre do Curso de Graduação em Enfermagem. A coleta de dados foi realizada por intermeio assistencial e consulta ao prontuário do paciente. Resultados: O.S, 60 anos, diagnosticada com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Hemorragia Subaracnoide e Broncoaspiração. Ao exame físico apresentava-se: confusa, agitada, pupilas isofotorreagentes (PIFR) e Glasgow 13. Pressão arterial (TA): 160x100 mmHg. A ausculta pulmonar presença de roncos difusos. O caso clínico evoluiu com baixa do sensório, Glasgow 5, reflexo oculocefálico negativo, (4x2) midríase à direita, reação fotomotora negativa em pupila esquerda e Escala de Braden 10 pontos. Mantida pressão arterial sistólica elevada acima de 170 mmHg de acordo com a terapia hipertensiva e em Ventilação Mecância (VM). Durante a prática, ao acompanhar o caso, foi aplicado o Processo de Enfermagem utilizando o referencial de Wanda Horta. Para tanto, seguiram-se as seguintes etapas: Histórico de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem, Plano Assistencial, Prescrição de Enfermagem, Evolução e Prognóstico. Após realizar a primeira etapa do Processo de Enfermagem, a coleta de dados, verificaram-se os principais diagnósticos de enfermagem, segundo a Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), os seguintes: Capacidade adaptativa intracraniana diminuída relacionada à hemorragia e evidenciada na TC; Integridade tissular prejudicada relacionado à imobilidade física evidenciada na Escala de Braden; Risco de infecção relacionado à aspiração, VM e Sonda Vesical de Demora (SVD); Risco de sangramento relacionado à hemorragia subaracnoidea e à terapia hipertensiva. Conclusão: Através deste estudo de caso clínico realizado percebeu-se a importância dos diagnósticos de enfermagem frente ao paciente que necessita de cuidados intensivos, sendo que, através deste, é possível o planejamento sistematizado da assistência, com vista à prevenção de possíveis complicações e agravos. Apesar de a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) encontrar-se ainda em fase de implementação nesta instituição, estudos como este contribuem para a visibilidade do processo de trabalho da Enfermagem e o fortalecimento da assistência individualizada e humanizada, objetivando atender o paciente em suas necessidades humanas básicas.


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