240240240240240240240240240A arborização de240uma cidade não é apenas o plantio de240árvores para embelezar a paisagem, é questão de conhecimento e planejamento, para não prejudicar a memória e cultura do local, sempre em sintonia com a diversidade nativa da região. Muitas vezes, os próprios cidadãos tentam amenizar impactos causados pela expansão urbana e plantam árvores por conta própria, mas, na maioria das vezes, o240fazem de forma inadequada ou incluem espécies incorretas. Sem observar as características de cada espécie, 240como a morfologia e tamanho da copa e raiz, as exigências edáficas, a240adaptabilidade ao clima local, as necessidades hídricas e resistência às pragas, além das questões da área urbana, o tipo de calçamento, fiação elétrica, entre outros. A arborização urbana apresenta inúmeros benefícios, como a purificação do ar, a melhora do microclima, a geração de sombra, a240retenção de umidade do solo e do ar,240240a redução na velocidade dos ventos, além de favorecer a infiltração de água no solo, abrigo para a fauna, amortecimento de ruídos e embelezamento da paisagem. 240O presente estudo teve por objetivo realizar um levantamento das espécies arbóreas encontradas no centro do município de Sinimbu e verificar se a arborização urbana está adequada. O levantamento foi realizado no período de março a junho de 2014. Foi percorrida toda a área urbana do município, onde foi identificado e quantificado todas as espécies arbóreas encontradas ao longo das calçadas. Para a identificação das espécies vegetais utilizou-se bibliografia específica. Na área de estudo foram identificados 541 exemplares arbóreos, pertencentes a 23 espécies,240 distribuídas em 14 famílias botânicas. A Avenida General Flores da Cunha 240foi a que apresentou maior número de exemplares (58,4%) distribuídas em 11 espécies, seguida pelas ruas240 Bernardo Fuerstenau e Jorge Bender, 10 espécies cada e a rua Wendelino Müller não apresentou nenhum exemplar botânico. A espécie mais abundante foi ligustro (Ligustrum lucidum Aiton) com 174 indivíduos, seguida por extremosa (Lagerastroemia indica L.) com 164 e canela (Cinnamomum verum J. S. Presl) com 102 exemplares, todas exóticas. Myrtaceae foi a família que apresentou maior número de espécies (10), seguida por Fabaceae e Lauraceae, ambas com 6 espécies cada. O estudo permitiu concluir que as ruas de Sinimbu não estão arborizadas adequadamente, pois apenas 5 das 23 espécies encontradas são indicadas para arborização urbana e 143 exemplares encontra-se encostados no meio fio, o que poderá acarretar danos, principalmente, 240aos veículos e calçadas. Também houve um predomínio de espécies exóticas (60,8%).