OS DESAFIOS ENCONTRADOS POR UMA EQUIPE DE ESF NO MEIO RURAL

JAILCE NASCENTE DA LUZ, JOSIANE GASS, ANGELA SILVA

Resumo


Introdução: Deficiências são alterações que podem acometer uma parte física, intelectual, motora, visual, traumatológica e/ou neurológica, o que não quer dizer que, por excelência, o indivíduo não possa realizar várias atividades como as realizadas por outras pessoas que não possuem nenhuma deficiência. De alguma forma, essa possibilidade de poder realizar atividades ditas normais tende a dar uma maior autonomia a essas pessoas e garante uma melhor e maior independência, ajudando na conscientização dos próprios familiares que, assim como muitos membros das equipes de saúde, não estão preparados para auxiliar nesse processo. Objetivos: Nessa perspectiva, o presente trabalho, como parte integrante das ações realizadas através do Programa de Educação para o Trabalho (PET): Redes II Pessoas Com Deficiências, foi desenvolvido com intuito de mostrar como os profissionais de saúde, ligados à Estratégia de Saúde da Família, entendem e lidam com as pessoas portadoras de deficiência e seus familiares, bem como, poder reconhecer as pessoas com deficiência na comunidade, uma vez que durante o processo inicial de convivência com a equipe, percebeu-se que não havia, na unidade de saúde, um reconhecimento efetivo quanto às questões relativas aos pacientes PCDs. Metodologia: Para tanto, a metodologia utilizada para a coleta de dados consistiu na aplicação de um questionário para a equipe que atua junto240à comunidade na Estratégia de Saúde da Família de Rio Pardinho-RS. A equipe é composta por 13 membros, sendo 12 do sexo feminino e 1 do sexo masculino. As respostas foram registradas nos próprios questionários, em tempo real da entrevista. Resultados: Durante as visitas domiciliares às famílias de integrantes de PCDs notou-se que alguns membros da equipe não estão preparados para atender as especificidades desses usuários, assim como chamou atenção a pouca demanda dessas pessoas a ESF. Com a aplicação dos questionários, percebeu-se que não havia, na unidade de saúde, um reconhecimento efetivo quanto: ao numero de pessoas com deficiências, quais as deficiências, como considerá-las deficientes a partir dos conceitos estabelecidos e o porquê dessas pessoas não procurarem a unidade para atendimento. Conclusões: A partir dos resultados obtidos, julga-se necessária uma intervenção que auxilie a equipe na compreensão do que são as mais diversas deficiências e qual a implicação comunicacional desencadeada em decorrência do reconhecimento dos usuários com deficiências. Assim, destacamos essa necessidade de trabalhar, especialmente junto a equipe da unidade de saúde, suas dúvidas, dificuldades e anseios em relação ao atendimento aos usuários PCDs, podendo contribuir, assim, com equipe e usuários, entendendo o trabalho em saúde como algo que afeta a todos no território, produzindo mudanças 226 tão necessárias àqueles que têm deficiências, logo demandas específicas, e aos trabalhadores de saúde, na medida em que possam sentir-se preparados para o atendimento a essa parcela da população.


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