FREQUÊNCIA ALIMENTAR E PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE SANTA CRUZ DO SUL

CLAIRTON EDINEI DOS SANTOS, JAQUELINE DE OLIVEIRA, MARIBEL JOSIMARA BRESCIANI, LÚCIA BEATRIZ FERNANDES DA SILVA FURTADO, LUCIANO LEPPER, LIA GONCALVES POSSUELO, LETICIA CAROLINE DE OLIVEIRA, ZAMARA AMORIM SILVEIRA

Resumo


Introdução: na atualidade, observa-se a mudança gradual do consumo de alimentos in natura por alimentos industrializados, com horários indefinidos. O aumento do consumo desses alimentos associa-se diretamente ao perfil de morbidade e mortalidade que acomete a população mundial, em especial ao aumento de obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis. Os adolescentes merecem especial atenção por estarem em uma fase da vida importante para a constituição de hábitos e valores que tendem a permanecer na vida adulta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os indicadores antropométricos devem ser utilizados na determinação do estado nutricional e de saúde de indivíduos. Objetivo: descrever o perfil antropométrico associado ao consumo alimentar e à prática de exercícios na adolescência. Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico, com amostragem de 35 alunos do último ano do ensino fundamental de uma escola pública de Santa Cruz do Sul. As informações foram coletadas por meio de questionário autopreenchido sobre a frequência do consumo de alimentos diariamente, o tipo de alimentação; frequência de atividades físicas e o período que permanece na frente da TV ou computador diariamente. Foram realizadas aferições de medidas antropométricas (peso e altura), logo em seguida, uma palestra foi realizada informando os alimentos mais indicados e os danos que a alimentação inadequada pode causar. A atividade ocorreu em um único encontro no primeiro semestre de 2014 e foi realizada por bolsistas do Pet-Saúde da UNISC. Resultados: 54,3% dos adolescentes são do sexo masculino, com idade média de 14 anos. Em relação à classificação do estado antropométrico, apresentou prevalência de peso adequado no sexo masculino (73,68%) e no sexo feminino (87,5%). Os resultados evidenciaram também que dos adolescentes, 42,86% não costumam tomar café da manhã, 11,43% não jantam, e 14,28% não lancham durante os intervalos das refeições, significando que a grande maioria 68,57% não realizam as 6 refeições recomendadas pelos nutricionistas. Dos alimentos consumidos diariamente pelos adolescentes, destacaram-se o arroz, feijão, carne, massas e saladas. Outros alimentos também foram considerados de consumo habitual: batata-frita, ovo, bolacha, lasanha, refrigerante, café, achocolatado e pão. 8,33% dos estudantes costumam comer alimentos como xis, pizza, cachorro-quente. O que se destaca no levantamento é que 58,33% dos adolescentes nos intervalos costumam comer salgadinho, bolacha, pastel, bolo e beber refrigerante ou não costumam comer nada, representando indicativos de uma alimentação inadequada. 94,30% dos adolescentes relatam que praticam atividades físicas, sendo que 40% pratica de 2 a 3x por semana e 34,30% pratica todos os dias. Quando questionados ao tempo de permanência na frente da televisão e computador 38,88% costuma ficar entre 4 às 7h diária. Conclusão: Embora os dados do perfil antropométrico mostrem, na grande maioria, peso adequado, os hábitos alimentares inadequados descritos pelos adolescentes e o período que passam na frente da televisão ou computador preocupam pelo risco futuro de desenvolver sobrepeso ou obesidade e doenças crônicas. Essa pesquisa foi importante para mostrar a importância de intervenções educativo-terapêuticas nas escolas, com vistas a promover saúde e prevenir doenças.


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