PROJETO EQUOTERAPIA CTG CANDEEIRO DA AMIZADE
Resumo
Desde 124 a.C., a literatura mostra o uso do cavalo para fins de terapia. A equoterapia visa à reabilitação física e mental de pessoas portadoras de deficiência e/ou de necessidades especiais, e utiliza o cavalo em abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação. Proporciona o desenvolvimento global do praticante, melhorando sua postura, equilíbrio, coordenação motora, tônus muscular, força muscular, bom funcionamento dos órgãos internos, atenção e concentração, consciência, imagem e esquema corporal, autoestima e confiança, linguagem, aprendizagem e socialização. O projeto de Equoterapia do CTG Candeeiro da Amizade tem como principais objetivos atender a comunidade de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais que se adaptam a Equoterapia, melhorando a sua qualidade de vida, ajudando na conquista de maior independência nos hábitos de vida diária, aumentando a autoestima e facilitando a integração social. O projeto acontece em Vera Cruz - RS, nas segundas e sextas-feiras a tarde, das 13 as 17 horas. Participam como voluntárias 15 pessoas da comunidade, dentre elas: uma fisioterapeuta, uma fonoaudióloga, duas instrutoras de equitação duas psicólogas e uma estudante de fisioterapia. São 36 praticantes com idades entre 03 e 60 anos com diversas patologias, que vão desde limitações físicas leves até lesões neurológicas graves como: epilepsia, deficiência visual, acidente vascular encefálico, síndrome de down, paralisia cerebral, quadros neurodegenerativos, hemiplegias, transtornos invasivos do desenvolvimento, autistas, microcefalia e anoxia neonatal. Além de Vera Cruz, os praticantes vem de diversos municípios da região, como Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Pantano Grande, Vale Verde e Venâncio Aires. Os praticantes são indicados para a equoterapia por um médico, normalmente um neurologista. São disponibilizados cinco cavalos e a terapia é realizada na pista de areia coberta ou no campo, com duração de 30 minutos. Durante a montaria são feitos alongamentos, exercícios com bola, bambolês e therabands, 240brincadeiras, e trocas de posições. O praticante é sempre incentivado a manter contato com o animal. Em casos especiais, é necessário que se faça a montaria dupla. Conseguimos observar logo nas primeiras sessões os benefícios da prática. Resultados físicos e psicológicos são vistos e relatados pelos pais e voluntários como: aumento de força muscular, ajustes tônicos, ganhos de equilíbrio, postura, flexibilidade, lateralidade, noção espaço-corporal e temporal, atenção e memória, coordenação motora global e fina, aquisições a nível de linguagem, bem como a integração social, além do vínculo criado entre praticantes/familiares e a equipe de voluntários. Baseado nos resultados, podemos concluir que a equoterapia é muito bem aceita. Por ser junto a natureza e com animais mansos e treinados, torna-se uma terapia mais 223leve224 e prazerosa de ser realizada. É uma prática, que sem dúvidas, trás benefícios físicos, psicológicos e educacionais as pessoas portadoras de deficiência e necessidades especiais.
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