SER BOLSISTA PROLAB: RELATO DE EXPERIÊNCIA À LUZ DA EDUCAÇÃO PERMANENTE

DANIELA DOS SANTOS SOUZA, MARIA SALETTE SARTORI

Resumo


Introdução: A partir da instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Graduação (2001), tomando por base, a leitura desta, da Lei 8.080/90 do Sistema Único de Saúde, o Projeto Político-Pedagógico Institucional para os cursos de graduação da Universidade de Santa Cruz do Sul, a Lei dos Estágios (2008), o Regulamento Interno da Universidade sobre bolsa PROLAB e as Referências sobre Educação pelo Trabalho dos Ministérios da Saúde e da Educação do Brasil, tem-se como eixo a Educação Permanente e suas possibilidades no cenário de formação em saúde. O campo onde se desenvolve esta experiência é novo para a modalidade do Programa de Bolsas de Laboratório (PROLAB), mas é um lugar onde se desenvolvem experiências importantes de ensino-aprendizado, caracterizadas por práticas em saúde/enfermagem e estágios. Sobre o conceito de educação permanente em saúde, adotado nesta reflexão, ele240traz na essência uma compreensão de transcendência ao aperfeiçoamento exclusivamente técnico, mas onde se envolve os atores do processo de trabalho e o seu fazer no cotidano de uma instituição. Traz consigo a ideia do aprender fazendo e refletindo sobre as ações inerentes ao campo da saúde. Ou seja, teoria e prática se alternam na composição educacional, assistencial e do serviço. Objetivos: Este trabalho tem por objetivo apresentar considerações sobre a experiência de ser bolsista em um Hospital de Ensino, através do Programa de Bolsas de Laboratório (PROLAB), da Universidade de Santa Cruz do Sul. Metodologia: Diário de campo reflexivo, onde são registradas as atividades desenvolvidas junto à Coordenação dos Estágios de Graduação em Enfermagem do Hospital Santa Cruz. Resultados: Há uma pluralidade de ações requeridas ao bolsista, frente às demandas dos estágios que ocorrem no Hospital Santa Cruz. Estas vão desde o acompanhamento da articulação e desenho dos estágios entre orientadores acadêmicos, orientadores de campo, unidades de ensino, horários, escalas e a importância do diálogo entre as questões teóricas e as práticas de campo; atualização de formulários, instrumentos de avaliação e acompanhamento dos estudantes; busca e organização de material bibliográfico referente às práticas/estágios; acompanhamento de alunos e240 organização de espaços referentes a atividades do estágio, todas elas realizadas até então e documentadas. Mas, o principal resultado é apropriação da oportunidade de estar inserida dentro do campo e desenvolver a capacidade de observação do processo de trabalho, refletir sobre ele e discutir com o docente e com os acadêmicos inseridos no contexto, a fim de problematizar as práticas vigentes realistas e relevantes. Além deste, também se espera desconstruir a concepção tradicional da aprendizagem centrada no professor e na transmissão e possibilitar que o bolsista experimente o processo de construção do conhecimento, envolvendo a aprendizagem em contextos reais. Conclusão: A experiência de ser bolsista é um exercício de participar da educação permanente ainda durante a formação, estimulando e desenvolvendo as potencialidades do aluno como agente observador, crítico, que analisa as experiências e articula a teoria e prática dentro do seu campo de atuação. É importante que o acadêmico desperte para a necessidade do diálogo reflexivo no conjunto e em meio à vivência diária do processo de trabalho que desempenha, no local onde desenvolve suas atividades como bolsista.


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