ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA AO PACIENTE AMPUTADO: O TEMPO DE PROTETIZAÇÃO DO HOSPITAL À CONCESSÃO DA PRÓTESE 226 UM ESTUDO DE CASO

ALIS OLIVIA ALBERTON, CAMILA HERTZ FLORES, EUNICE MARIA VICCARI, RAFAEL KNIPHOFF DA SILVA, ANGELA CRISTINA FERREIRA DA SILVA

Resumo


Introdução: O Serviço de Reabilitação Física-SRFis-UNISC atende 50 novos usuários/mês, oriundos de 68 municípios da região dos vales do Rio Pardo, Taquari e Jacui. Para ingressar nessa rede de atendimento há necessidade do preenchimento da ficha de solicitação de consulta pelo médico ou fisioterapeuta. Este procedimento é o primeiro passo para o acesso ao Serviço, cuja porta de entrada poderá ser rede básica de saúde, ambulatórios, hospitais e serviços privados e ou públicos. Mas para agilizar o ingresso no SRFis há necessidade de estimular e correta abordagem fisioterapêutica hospitalar que consiste em: cuidados com o coto, o correto posicionamento, o enfaixamento e o condicionamento cardiorrespiratório. Diante destas questões iniciadas a preocupação é o ingresso no Serviço de forma mais rápida, e para que isso ocorra têm-se realizado uma intensiva divulgação junto aos cursos de graduação da UNISC e, neste caso especialmente, aos estagiários do Curso de Fisioterapia em atuação acadêmica no Hospital Santa Cruz226 HSC. Esta divulgação tem a perspectiva de sensibilizar os estudantes, professores e equipe hospitalar240a divulgarem o Serviço junto aos pacientes amputados, para que eles possam fazer o processo reabilitacional de forma multiprofissional e adquirirem sua prótese no SRFIs. A experiência tem apontado que a precocidade dessas atividades é fundamental para o sucesso da reabilitação, o que levou a escrita desse estudo de caso.240 240Objetivo: verificar o tempo que um usuário amputado leva para receber seu dispositivo, a partir de sua internação hospitalar com as corretas orientações. Metodologia: Observacional exploratório tipo estudo de caso. Sujeito da pesquisa: sexo masculino, 18 anos, amputado transtibial devido acidente de motocicleta. Os estagiários do Curso de Fisioterapia, atuantes no Hospital Santa Cruz-HSC, em março de 2014, informaram à coordenação do projeto que havia um jovem amputado que necessitava de orientações sobre os desdobramentos a partir do ocorrido. A partir dessa informação, o fisioterapeuta do serviço e uma bolsista foram ao HSC. Resultados: realizaram orientações quanto ao correto posicionamento, enfaixamento, posturas viciosas e encaminhamentos para ingresso ao SRFis. Passaram-se 03 meses (em junho) o usuário já estava ingressando ao Serviço. Realizou a primeira consulta e, como o coto estava em ótimo estado foi encaminhado de imediato à ortopedia contratada para realização do molde de sua prótese. Em 15 dias houve a prova da prótese provisória e em mais 15 dias prótese definitiva. Portanto, após 04 meses da amputação houve240a concessão da prótese, o que pela literatura é denominada e uma protetização precoce com sucesso. 240Conclusão: Sabe-se, com base na literatura, que o sucesso da protetização está relacionado diretamente com a precocidade das orientações (desde o leito hospitalar) e as condutas no cotidiano do usuário. Portanto, é de extrema importância as redes que se estabelecem internamente nos cursos e nas instituições, nos projetos e nas práticas em geral, pois estas facilitam o acesso, diminuem o tempo de espera e possibilitam o mais rápido estabelecimento da autonomia e da independência física-funcional, sempre respeitando as individualidades de cada um. O tempo final para protetização como resultado deste estudo foi satisfatório, mas alerta-se240que o processo de adaptação física funcional precisa ser mantido, pois240 é contínuo e cotidiano.240


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