Introdução: É solicitação frequente dos acadêmicos dos cursos da saúde que as disciplinas ofereçam um maior número de práticas de ensino com os usuários. No entanto, além das disciplinas, os acadêmicos têm a oportunidade de tomar a frente no seu processo de aprendizagem, participando dos projetos de extensão. A extensão universitária é um precioso espaço de práticas, que possibilita ao acadêmico correlacionar as experiências vivenciadas nos atendimentos com os usuários240e as teorias aprendidas nas disciplinas. O trabalho aqui apresentado propõe uma reflexão, a partir das percepções de acadêmicos e docentes que atuam no Serviço de Reabilitação Física 226 Nível Intermediário (SRFIS), sobre a possibilidade da extensão ser, além de um amplo cenário de práticas, um espaço potencializador do aprendizado e da pesquisa. Para tanto, faz-se necessária uma organização do processo de aprendizagem e também de recursos que dêem conta de um registro eficiente e sistemático dos dados, a fim de que estes possam alicerçar a pesquisa. Objetivo: Apresentar as inquietações que levaram a uma reflexão sobre a práxis acadêmica na extensão universitária e promoveram a necessidade de repensar e propor um modelo de avaliação de pacientes com sequelas neuromotoras, que contemplasse o registro sistemático de dados relevantes, tanto para a avaliação clínica na extensão quanto para a pesquisa acadêmica, dentro do SRFIS. Metodologia: A partir da revisão do instrumento utilizado até o primeiro semestre de 2014, no SERFIS, para avaliação dos pacientes com sequelas sensóriomotoras decorrentes de danos neurológicos e também apoiando-se na práxis acadêmica cotidiana dentro do serviço e na pesquisa de artigos publicados na literatura científica, foi elaborado um novo instrumento de avaliação cinesiológica funcional, que dispõe os dados coletados de modo que sejam eficientes tanto para o aprendizado na extensão quanto para a pesquisa acadêmica. Resultados: O novo instrumento de avaliação foi colocado em prática no segundo semestre de 2014 e será revisado ao final deste período e colocado em experimentação novamente com os usuários atendidos pelo SRFIS no primeiro semestre de 2015, sendo os resultados finais apresentados no Salão de Ensino e de Extensão de 2015.240240 Conclusão: A extensão universitária é um rico cenário de aprendizagem e pode ser também um espaço valoroso de informações relevantes para a pesquisa. Faz-se necessário, porém, que algumas metodologias utilizadas na extensão possam ser pensadas com um olhar voltado também para a pesquisa, a fim de que dados relevantes não se percam. Nesta perspectiva é que o trabalho aqui apresentado propõe um novo pensar sobre a extensão, de modo a readequar um dos instrumentos de avaliação do SRFIS, a fim de que as informações do mesmo possam contemplar e nutrir também a pesquisa, ampliando as potencialidades de aprendizagem dos acadêmicos envolvidos.