HIPERTENSÃO ARTERIAL E OS INTERFERENTES DA TERAPÊUTICA

ILSE SEVERO FERREIRA, INDIARA ZAMBARDA PINTO, CLAUDIA MARMITT FANFA, MARIA RAQUEL STEYER, LUCIANO LEPPER, LIA GONCALVES POSSUELO

Resumo


Introdução: A hipertensão arterial é uma patologia crônica que expõe o indivíduo a complicações que afetam principalmente o sistema cardiovascular e para um bom prognóstico se faz necessário o diagnóstico breve, já que se trata de uma doença silenciosa. Segundo dados do DATASUS, de 2012, a causa de maior mortalidade no Brasil são as doenças do aparelho circulatório e esta é a mesma causa de maior prevalência no Rio Grande do Sul. Objetivos: Observar os casos de hipertensão que são acompanhados por profissionais da área da saúde desta unidade de atenção primária, aonde as bolsistas do Programa de Educação pelo Trabalho (PET) Saúde, subgrupo Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) estavam inseridas e, assim, descrever os interferentes encontrados na terapêutica da hipertensão arterial. Metodologia: Trata-se então de um estudo transversal, qualitativo-observacional em forma de relato de experiência, que aconteceu em um serviço de saúde da atenção primária em um município do interior do Rio Grande do Sul e esta unidade encontra-se localizada na zona urbana e central deste município. Obteve-se este estudo através da vivência proporcionada pelo PET Saúde - DCNT, no ano de 2013, com um total de 400 atendimentos observados. Principais Resultados: Mudança nos hábitos de vida, acompanhamento diário dos níveis de pressão arterial, fazer o uso correto da medicação prescrita e realizar acompanhamento através das unidades básicas de saúde ou outros serviços de saúde, são apontados como passos primordiais para o sucesso da terapêutica. Entramos então, como principais interferentes: o conceito de saúde, o estado emocional, a idade, a aceitação da patologia, que culminam com a aceitação das modificações necessárias na sua vida, nos seus hábitos, no estilo de vida, na prática de exercícios físicos, nos cuidados na alimentação, na manutenção de um peso com o índice de massa corpórea adequado e os cuidados com a medicação prescrita. Observou-se que a alimentação é o interferente240com maior frequência negligenciada. Conclusões do trabalho: É de suma importância que o hipertenso mantenha uma alimentação apropriada para a sua condição, limitando o sal, o álcool e a cafeína,240aumentando a240ingestão de fibras e reduzindo as gorduras animais. O hipertenso tem dificuldade na restrição do sal na alimentação, devido à deficiência na percepção palatativa do mineral no alimento, o que os 240leva a consumir maiores quantidades de sal. Também tem dificuldade na eliminação do mineral, retendo no corpo, aumentando o volume de sangue circulante e assim, aumentando a pressão arterial. Com o passar do tempo, o consumo elevado de sal aumenta o teor de sódio na musculatura das artérias menores, o que as faz contraírem de forma mais intensa, reduzindo o seu calibre e ocorrendo a elevação da pressão arterial. Este estudo permitiu que bolsistas e profissionais se descem conta que as abordagens que eram feitas anteriormente ao se deparar com a hipertensão descompensada nas consultas, não eram tão efetivas quanto como fazer o indivíduo pensar o porquê da ocorrência destas alterações. As estratégias de abordagem devem ser inovadas, reconstruídas e repensadas interdisciplinarmente para alcançarmos uma melhor efetividade, da mesma maneira que se torna indispensável os acadêmicos durante a sua formação buscarem a inserção em projetos que forneçam experiências de melhorias para o coletivo.


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