QUALIDADE DOS REGISTROS DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL: ANÁLISE DA CARTEIRA DE GESTANTE

CAMILA BRAGA DERLAN, DEBORA CRISTINA HAACK BASSANI, JESSICA CHAVES, LUIS AUGUSTO KANITZ, THAISE VIEIRA DIPP, JANINE KOEPP, LIA GONCALVES POSSUELO, BIANCA MOSSMANN GHIGNATTI

Resumo


Introdução: A atenção no pré-natal é reconhecida por meio de condutas que proporcionam acolhimento de forma qualificada e humanizada, de acesso facilitado, garantindo a promoção, prevenção e assistência da gestante e do recém-nascido. A constante avaliação da qualidade do pré-natal favorece a identificação de problemas de saúde e o desempenho da equipe de saúde, estratégias que podem manter ou modificar para melhor qualidade da assistência5. Objetivo: Avaliar a qualidade dos registros nas Carteiras de Gestante que internam na maternidade do Hospital Santa Cruz. Através deste registro, evidenciar a atenção pré-natal recebida pela gestante, bem como a adequação das consultas de pré-natal. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e transversal. A população foi composta por 220 puérperas da região do Vale do Rio Pardo (RS) que receberam assistência pré-natal na rede pública (60%) e privada (40%) do município, e atendimento ao parto na maternidade do Hospital Santa Cruz. As informações foram coletadas nas 223Carteira de Gestante224, juntamente com o prontuário no período de janeiro a junho de 2014. Os dados foram coletados mediante a análise da carteira de gestante, com aplicação de um instrumento padronizado (Formulário de Captação de dados), especialmente elaborado para obtenção das informações, seguindo os critérios de Kessner adaptado, como parâmetro avaliador. Fizeram parte dos dados coletados os dados de identificação, escolaridade, histórico materno, o início do pré-natal e o número de consultas realizadas. A análise e o processamento dados foram realizados com o programa SPSS versão 22.0. As variáveis contínuas foram expressas como média e desvio padrão (DP), enquanto as categóricas foram expressas como frequência absoluta e relativa. O nível de significância adotado foi de 5% (pâ211¤0,05).O estudo em questão foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa. Resultados: Houve o predomínio de mulheres entre 31 a 36 anos, 30,6% (n=57) da amostra. A maioria iniciou o pré-natal no primeiro trimestre, com seis ou mais consultas. Os exames para hemoglobina e hematócrito alcançaram percentual de 34,9% (n=65) correspondente a duas solicitações em momentos distintos, de acordo com o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento. A glicemia em jejum, em sua maioria, foi requisitada em uma e duas consultas. VDRL foi solicitado em uma consulta, assim como urina tipo 1, abaixo do preconizado. Cerca de 31,2% (n=58) da amostra não realizou os exames citados anteriormente. Conclusão: Uma das melhores estratégias para se avaliar a qualidade dos serviços de saúde é a seleção de indicadores, e um deles é a análise das Carteiras de Gestante, que se tornam representativa e espelham o atendimento realizado pelos serviços públicos .O acompanhamento de pré-natal previne muitas complicações, e o correto preenchimento das carteiras facilita o trabalho de assistência da unidade de referência. Com base neste pressuposto, pôde-se identificar que muitas carteiras provenientes do serviço básico de saúde deveriam ser melhor preenchidas, enquanto que, as gestantes que realizaram pré-natal em clínicas particulares possuíam dados insuficientes, desta forma nem o pré-natal realizado na atenção básica de saúde como o realizado em clínica particular segue o que é referenciado e exigido pelo Ministério da Saúde em relação ao pré-natal.


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