ILUMINAÇÃO NATURAL: UMA ANÁLISE DA SALA DE AULA 5204 226 UNISC

WILLIAM KARLO PAPEN MAURIN, GUSTAVO GARCIA DE OLIVEIRA, CAMILA PRUS, DEBORA CRISTIELE KUMMER

Resumo


Introdução: Após as duas grandes guerras mundiais surgiram as primeiras crises no sistema energético, cujo ápice ocorreu em 1973 com a grande Crise do Petróleo. Desde então, diferentes grupos de pesquisa vêm alertando sobre a necessidade de investimentos estratégicos para atender à crescente demanda de energia elétrica e políticas adequadas para os diferentes setores econômicos - tecnológicos que participam da produção, transmissão, fornecimento e consumo. No entanto, pouco se tem utilizado a iluminação natural de maneira efetiva para minimizar o desperdício de energia, ou seja, muitos edifícios operam com seus sistemas de iluminação artificial funcionando integralmente ao longo do dia.Contexto: As edificações com fins escolares e suas respectivas salas de aula devem proporcionar a quantidade mínima e qualidade na distribuição da luz para que os alunos e professores possam realizar suas tarefas, seja escrevendo a uma distância curta ou visualizando a uma distância longa. Nesse sentido, o presente trabalho teórico-prático foi desenvolvido na disciplina de Conforto Ambiental I 226 Iluminação no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNISC. Objetivo: Os objetivos foram a caracterização, a análise das condições e a elaboração de projeto para otimização da iluminação natural da sala de aula 5204 226 Ateliê 04, localizada no primeiro andar do bloco 52 da UNISC. Metodologia: A metodologia deste trabalho teórico-prático foi composta por etapas subsequentes, interdependentes e a todo momento amparadas em revisão bibliográfica. No primeiro momento, foi realizado o levantamento 223in loco224 das características físicas e materiais do ambiente, a medição dos níveis de iluminância, o traçado das curvas isolux e a avaliação dos níveis de iluminação natural segundo a NBR 5413 - Iluminância de Interiores. Os níveis de iluminância indicados na NBR 5413 para salas de aula para desenho são: mínimo - 200 lux, médio - 300 lux e máximo - 500 lux. Após, foi desenvolvida uma proposta de projeto da nova fachada visando a melhoria do desempenho lumínico do ambiente na qual foram contemplados todos os aspectos relacionados ao projeto de iluminação natural lateral, ou seja, o dimensionamento e eficiência das janelas, prateleiras de luz, placas refletoras, peitoril, vidros, refletância, cores, acabamentos, layout do mobiliário interno e controle de insolação. Concomitantemente, foi desenvolvido modelo físico reduzido na escala 1:20 para simulação qualitativa e quantitativa em condições de sol real e, em laboratório, com equipamento específico de estudo da trajetória solar denominado Heliodon. Resultados: Com base nos resultados obtidos foi constatado a ineficiência da iluminação natural diante das condições reais do ambiente estudado o qual, não atende aos critérios mínimos conforme NBR 5413. Porém, o uso do modelo reduzido demonstrou com base nas simulações a possibilidade de otimização da luz natural no ambiente. Conclusões: Por conseguinte, percebe-se com este trabalho que a iluminação natural permite, se corretamente pensada, economias significativas no consumo de energia, principalmente no caso de salas de aula as quais são utilizadas em tempo integral.


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