ARQUITETURA E SAÚDE: UM PROJETO DE EXTENSÃO EM EXPANSÃO
Resumo
Introdução: O projeto de extensão 223Arquitetura e Saúde224 agrega os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) integrando as áreas das Ciências da Saúde e das Ciências Sociais, sendo considerado interdisciplinar. Objetivo: O objetivo maior é conhecer, integrar e contribuir com a educação da sociedade e suas responsabilidades com relação à reabilitação física e espacial das pessoas com deficiência (PcD). Metodologia: Dentro de suas ações utiliza diferentes metodologias, a etnográfica, a de reabilitação física e a de desenvolvimento de projeto de arquitetura, para conhecer a PcD, as relações familiares e sociais, descobrindo como ocorrem os processos de interação com a comunidade, com os espaços urbanos no cotidiano. São realizadas entrevistas, relatos, registros fotográficos e descritivos quanto aos cuidados de saúde, diagnósticos e encaminhamentos fisioterapêuticos, estudos de atividades de vida diária (AVD222s), levantamentos métricos, elaboração de projetos de arquitetura, entre outros. Através da análise de ambientes e atividades desenvolvidas estimula a proposição de novos espaços adequados às realidades e necessidades. Os projetos são elaborados após diagnósticos físicos e espaciais, apresentados em forma gráfica, com plantas baixas, cortes, fachadas, vistas em 3D, especificação de materiais, entre outros. Resultados: Atua em várias frentes, como na Associação Santacruzense de Portadores de Deficiência Física contribuindo no empoderamento da entidade através de atuação direta no projeto basquetebol sobre rodas e em estudos de caso de adaptações residenciais de associados. Atuou junto a Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira e a Escola Polivalente na proposição de sanitários inclusivos auxiliando as escolas a resolverem a falta de acessibilidade espacial e promovendo integração dos alunos PcDs na vida escolar. Vem cooperando com o município participando de conferências municipais, abordando temas como a mobilidade e acessibilidade urbana, análise de espaços urbanos e representação da UNISC junto ao Conselho Municipal de Pessoas com Deficiência Física. Neste ano, expandiu suas ações com a participação em diferentes eventos inclusivos, em parceria com a empresa Mercur, criando espaços e oficinas de arte acessíveis, oficinas de alongamento e relaxamento e a educação da comunidade que promovam a inclusão respeitando a diversidade humana. Iniciou estudos para a humanização de espaços hospitalares em parceria com o Hospital Santa Cruz. Conclusão: Através das ações, o projeto aponta que as PcDs, cuidadores, gestores públicos e a sociedade em geral devem reconhecer as barreiras para que a inclusão aconteça de fato, deve-se trabalhar 223com224 as PcDs e não 223para224 as PcDs, ter seus cuidados físicos de saúde integrados aos cuidados de "saúde" do espaço físico, enfatizando a acessibilidade, mobilidade e estimulação de autonomia e inclusão. Por fim, destaca-se que o Projeto proporciona uma visão mais humanística da profissão do arquiteto, e a necessidade do inter-relacionamento com os profissionais da saúde, valorizando o papel de cada um, objetivando mais saúde pública, espaços que promovam a vida e ações que transformem a sociedade.
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