PROJETO ARQUITETURA E SAÚDE: COLABORANDO COM O ESPAÇO ESCOLAR

AUGUSTO MARQUES CORREA, CAROLINA REZENDE FACCIN, FERNANDA FRANCIELI TATSCH, LARISSA MARTINI ULIANA, MANUELA SIMONIS, PATRICIA OLIVEIRA ROVEDA, ROSANE JOCHIMS BACKES

Resumo


Introdução: O projeto de extensão 223Arquitetura e Saúde224 agrega os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) integrando as áreas das Ciências da Saúde e das Ciências Sociais, sendo considerado interdisciplinar. Objetivo: O objetivo maior é conhecer, integrar e contribuir com a educação da sociedade e suas responsabilidades com relação à reabilitação física e espacial das pessoas com deficiência (PcD) atuando junto às escolas. Metodologia: Dentro de suas ações utiliza diferentes metodologias, a etnográfica, a de reabilitação física e a de desenvolvimento de projeto de arquitetura, para conhecer a PcD, as relações familiares e sociais, descobrindo como ocorrem os processos de interação com a comunidade, com os espaços privados e urbanos. Utiliza-se de entrevistas, relatos, registros fotográficos e descritivos quanto aos cuidados de saúde, diagnósticos e encaminhamentos fisioterapêuticos, estudos de atividades de vida diária (AVD222s), levantamentos métricos, elaboração de projetos de arquitetura, entre outros. Através da análise de ambientes e atividades a serem desenvolvidas nestes estimula a proposição de novos espaços adequados às realidades e necessidades, buscando a integração da diversidade das pessoas. Os projetos são elaborados após diagnósticos físicos e espaciais, apresentados em forma gráfica, com plantas baixas, cortes, fachadas, vistas em 3D, especificação de materiais, entre outros. Resultados: Buscando o melhor convívio dos alunos com a deficiência dentro do ambiente escolar a Escola Estadual Willy Carlos Fröhlich solicitou auxílio para a realização do projeto de sanitários inclusivos, trabalho este que também foi desenvolvido junto à Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira, onde foram realizadas propostas, desenvolvido e executado o projeto arquitetônico de sanitários inclusivos e integrados ao espaço escolar. A necessidade de se pensar e projetar novos sanitários surgiu devido à falta de acessibilidade existente nos banheiros das escolas, colocando alunos em situações constrangedoras. Para auxiliar as escolas neste objetivo, foram realizados diagnósticos, levantamentos, interação com a comunidade escolar, alunos, Direção e o CPM - Conselho de Pais e Mestres. Desenvolveu-se as propostas baseadas na NBR 9050, no conforto ambiental, na organização dos fluxos e dos espaços buscando contemplar um projeto de qualidade que atenda as necessidades dos espaços escolares. Inclusão, escolar e social, exige mudança de mentalidade, mudança nos modos de vida, muitas reflexões e como princípio fundamental, valorizar a diversidade humana. Quando voltamos nossos olhares para a área da educação, fica claro que sem espaços com instalações adequadas não pode haver trabalho educativo inclusivo. Um dos grandes problemas é a presença de obstáculos e barreiras arquitetônicas presentes no meio urbano e escolar. A troca de saberes e experiências entre todos os envolvidos possibilitou um crescimento acadêmico pessoal e humano, a transformação do espaço nas escolas. Por fim ressaltamos a importância dos projetos de extensão, os quais aproximam a Universidade na Comunidade local e regional.


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