A ALTA EM PSICOTERAPIA EM UMA CLÍNICA-ESCOLA

DULCE GRASEL ZACHARIAS, JESSICA NATALIA CANELLO

Resumo


Introdução: O presente trabalho faz parte de uma das avaliações exigidas no Estágio Curricular I, em Psicologia, em que é necessário escrever um Teórico Analítico. O estudo em questão aborda um importante tema a ser considerado e analisado em uma Clínica-Escola: o tempo de duração da psicoterapia associado a um adiamento da alta, muitas vezes, por um jovem-terapeuta, estagiário do serviço. Proponho algumas reflexões e discussões, articulando a Teoria Sistêmica, com as informações obtidas nas sessões, proporcionando um melhor entendimento do caso analisado. Objetivo: Esse trabalho tem por objetivo apresentar uma análise dinâmica acerca de um caso clínico de uma paciente de 60 anos, a qual foi escolhida devido a algo que instigou o pesquisador desde o dia em que tive contato com o caso: o tempo em que a paciente se encontrava em psicoterapia, desde 2006. A fase do processo de alta de uma psicoterapia é a fase final de um momento com intensas vivências, transferências e contratransferências. A alta tem características especificas que exigem abordagem específica, sendo que quando se propõe a alta, no transcurso de uma relação terapêutica satisfatória, sua importância e as táticas de manejo desta fase dependem de toda estratégia terapêutica. Metodologia: Atualmente ainda existe a pergunta de quando chega ao fim o processo terapêutico de um paciente, sendo que este dependerá de cada paciente, do andamento de cada tratamento. Estados padronizados são incompatíveis com o que se espera que um paciente alcance numa análise, que, ao contrário, deve promover a possibilidade da articulação de um particular no universal de um padrão, em outras palavras, deve ser possível um padrão que abra espaço às diferenças. Resultados e Conclusão: Quando se recebe um paciente para psicoterapia, é necessário fazer uma cuidadosa avaliação, que permite uma compreensão do problema que o traz, assim como, de seus recursos e motivação para o tratamento. Muitas vezes, ao longo de um tratamento psicoterápico bem conduzido, o paciente sente que pode terminá-lo e deseja mesmo fazê-lo. Essa é uma característica específica do término do tratamento, em que a posição do psicoterapeuta é determinante. A tarefa do terapeuta é completar aquilo que foi esquecido a partir dos traços que deixou atrás de si ou, mais corretamente, construí-lo. Frente a insegurança do jovem terapeuta e a duração do tratamento, tem-se uma regra que torna-se fundamental, em que a duração do tratamento e o tratamento em si deve ser estimulante e proveitoso para ambas as partes, paciente e terapeuta.240


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