ANÁLISE EXPERIMENTAL DA EFICIÊNCIA DO REFORÇO POR ENCAMISAMENTO DE PILARES DE SEÇÃO NÃO CIRCULAR DE CONCRETO ARMADO COM COMPÓSITOS REFORÇADOS COM FIBRA DE CARBONO

MARCO ANTONIO POZZOBON, DOUGLAS SIMON

Resumo


Ao longo dos últimos anos, as novas tecnologias mudaram profundamente a humanidade. No ramo da engenharia civil não foi diferente. Novas técnicas construtivas e materiais foram sendo descobertos e implantados na construção civil. Porém, os conceitos de durabilidade e segurança aplicada às construções muitas vezes são negligenciados, ocasionando problemas e diminuindo a vida útil da estrutura. No que tange as estruturas de concreto, as patologias apresentadas podem ser de grande intensidade, gerando elevados custos para sua correção. Uma das técnicas mais eficientes de reforço e reparo de estruturas de concreto é o uso do sistema de Polímeros Reforçados com Fibra de Carbono (PRFC). O PRFC consiste em dois principais itens: o elemento estrutural, que são as fibras de carbono, e uma matriz polimérica, que tem por função unir e manter coesas as fibras, promovendo a transferência de tensões de cisalhamento entre o concreto e as fibras. O uso dos sistemas de PRFC está sendo cada dia mais utilizado devido às vantagens apresentadas, como baixo peso próprio, rapidez e facilidade na execução, alta resistência à tração. No que tange ao reforço de pilares, o sistema proporciona maior ductilidade frente às deformações transversais impostas pelas cargas axiais de compressão. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é verificar a eficiência do reforço de pilares com o sistema PRFC, com simulação em escala reduzida. As situações serão três: a primeira consiste em pilares normais, sem o reforço, chamada de controle. A segunda simula uma situação em que um pilar perde a capacidade resistente, seja por falha de projeto e/ou execução, choque, sismos, incêndio, etc. Por fim, a terceira situação consistirá em um pilar que sofrerá um aumento de carga axial, por mudança no uso da estrutura. Os pilares em escala reduzida terão altura de 1,15 m e seções de 10x10 e 10x20 cm, com cobrimento de 1,5 cm. Para cada situação, serão moldados três pilares de cada seção, totalizando dezoito. O reforço será aplicado nas simulações de perda da capacidade resistente, que terá o concreto com fck de 15 MPa, e na situação de aumento de carga, com um fck de 25 MPa. Após a aplicação do reforço, os mesmos serão submetidos a ensaio de compressão axial, em uma prensa hidráulica. As conclusões esperadas são: o aumento da resistência à compressão axial para a situação de perda da capacidade resistente, em que o pilar deverá suportar uma carga maior que 15 MPa; já na simulação de aumento de carga, o pilar deverá suportar uma carga maior que 25 MPa.


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