Introdução:240 O surgimento de patologias em revestimentos argamassados aplicados nas fachadas de edifícios acaba acarretando em danos nas suas características de proteção, fato que pode trazer deterioração na estrutura da edificação, bem como reduzir sua vida útil projetada. Na Inglaterra, a tela eletrossoldada é recomendada pela norma britânica BS 5385/1991 como reforço em revestimentos de fachadas. No Brasil, essa técnica é pouco caracterizada. Pretendendo contribuir para a eficiência do revestimento externo e para a diminuição de patologias, foram efetuados ensaios para a caracterização à esforços de tração em telas utilizadas para reforçar a argamassa de revestimento de fachada. Objetivo: Obter por meio de ensaio mecânico de tração a resistência da tela quando posicionada para servir de ponte de transmissão de tensões e como estruturação da camada de argamassa, em um modelo similar à situação real. Verificar por meio de ensaio mecânico de tração a resistência do revestimento de argamassa, sem a utilização de tela, a fins de comparação. Metodologia: Utilizaram-se cinco diferentes moldes: tela eletrossoldada metálica (Modelo 1), tela hexagonal metálica (Modelo 2), tela de fibra de vidro (Modelo 3), tela de PVC (Modelo 4) e um molde sem tela (Modelo 5). Posteriormente, definiu-se a melhor indicação para efetuar reforços em revestimentos argamassados de fachadas. O procedimento iniciou-se com a caracterização das argamassas de emboço e chapisco. Executaram-se moldes de revestimentos sobre placas de ensaio padronizadas pela ABNT com dimensão de 50cm x 25cm x 2,5cm, utilizadas para ensaios de arrancamento de argamassa. Para a condição em que a tela trabalhará como ponte de transmissão de tensões, a moldagem seguiu a seguinte ordem de execução: prenderam-se as placas de argamassa no dispositivo desenvolvido, deixando-a imóvel; aplicação da argamassa de chapisco; fixação da tela com quatro parafusos com buchas, um em cada canto da placa; finalizando com a execução do emboço, onde se utilizou o revestimento de massa única. Após 28 dias de cura, os corpos de prova foram rompidos por tração. Na situação em que a tela tem a função de estruturar a camada de argamassa do revestimento, o procedimento seguiu a mesma ordem descrita acima. Porém, a tela não foi fixada ao substrato, esta foi posicionada no centro da camada do revestimento. Resultados: comparando os resultados com o Modelo 5, para a situação em que se posicionou a tela como ponte de transmissão de tensões, somente o Modelo 4 não reforçou o revestimento. Para a situação de estruturação da camada de argamassa somente o Modelo 2 não apresentou desempenho adequado. Quanto a deformação do Sistema, somente o Modelo 3 obteve êxito.Conclusão: Conclui-se que fora os modelos que não aprovaram, quanto aos esforços de tração, as telas são um produto adequado para reforçar o revestimento em fachadas. Constatou-se nos ensaios que a deformação é a característica mais importante a ser analisada. Fica a proposta de trabalho para um Mestrado, Acadêmico, analisar o comportamento das fissuras no revestimento argamassado de fachadas quando reforçado por telas.