Os solos em sua fase sólida apresentam-se nas mais diferentes formas, texturas e proporções. A relação entre as dimensões das partículas e as proporções em que estas ocorrem em um solo determina sua distribuição granulométrica. Uma vez conhecida tal distribuição, é possível caracterizar e classificar o solo quanto à ocorrência de materiais granulares, bem como quanto à ocorrência de materiais finos. Como materiais granulares têm-se areias e pedregulhos, cuja presença pode ser verificada através do processo de peneiramento denominado "grosso"; no que tange aos materiais finos 240(siltes e argilas) é empregado o processo de peneiramento na modalidade "fino". Para que se possa determinar as frações de ocorrência de siltes e argilas é utilizado o processo de sedimentação, o qual se dá através da suspensão das partículas e determina sua sedimentação ao longo do tempo de realização do procedimento. A associação destas duas práticas experimentais possibilita a elaboração de uma curva granulométrica, onde são dispostos, em abscissas, os diâmetros das partículas, e, em ordenadas, as porcentagens passantes na malha correspondentes. A granulometria é o indício definitivo das características geotécnicas mais comuns de um solo, cuja obtenção possibilita a identificação e a classificação do material em estudo. Dada a necessidade do conhecimento da classificação textural para uma variedade de solos existentes na região, com graduações e proporções desiguais, a presente pesquisa realizar-se-á por meio do sistema experimental de análise granulométrica proposto pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Como princípio tem-se que o procedimento experimental é constituído a partir da combinação de uma sequência de peneiras, cujas aberturas apresentam diferentes tamanhos de malha. Isto permite determinar a fração granular em que as partículas ocorrem, tendo como principais os seguintes critérios: maiores do que 2 mm, menores do que 2 mm, e maiores do que 0,075 mm. Após a conclusão do peneiramento realizado com a parte grossa e com a parte fina do solo, parte-se para a etapa de suma importância: o processo de sedimentação. A relevância desta fase experimental ocorre visto que o peneiramento permite apenas a separação do solo em partículas grossas e partículas finas, mas não possibilita a segregação destas últimas em proporções de siltes e argilas. Logo, os grãos de granulometria menor são caracterizados através da sedimentação em meio aquoso, onde as partículas ficam em suspensão e sedimentam-se, conforme seus diâmetros, ao longo do tempo de realização do ensaio. Com a curva granulométrica plotada em gráfico é definida a granulometria e o comportamento do solo quanto à existência de cada tipo de material. Através desta análise é possível definir a fração de pedregulho, areia, argila e silte contida em cada tipo de solo estudado, fator muito importante para que se possa auferir a viabilidade da utilização do mesmo em obras de engenharia, tal como na pavimentação.