A IMPORTÂNCIA DOS CADASTROS E VISITAS DOMICILIARES NO PROCESSO DE FORMAÇÃO ACADÊMICA

Caroline Bertelli, Juliane Junges, Karoline de Oliveira Almeida, Patrik Nepomuceno, Bruna Rezende Martins, Maique Rodrigues Vieira, Ediane Borges Torres Franz, Priscila Pereira Borges Sanfelice, Lisiane de Oliveira, Clauceane Venzke Zell

Resumo


Introdução: As Estratégias de Saúde da Família (ESF) são a principal porta de entrada dos usuários no Sistema Único de Saúde (SUS) e preconizam que os(as) agentes comunitários(as) de saúde (ACS) cubram 100% do território que a unidade abrange. O trabalho realizado pelos ACS é de extrema importância, visto que, além de realizarem ações de promoção e prevenção da saúde, atuam como elo para um melhor e mais resolutivo diálogo entre comunidade e ESF. Entretanto, por questões administrativas, nem todas as microáreas são cobertas por ACS o que, entre outras coisas, inviabiliza o diagnóstico da população atendida e dificulta a realização de ações que a beneficiariam. O cadastro das famílias da microárea é importante, pois assim, se tem um levantamento das condições de saúde da mesma. Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar as experiências dos bolsistas PET- Saúde/GraduaSus (PET) durante a realização dos cadastros dos indivíduos de uma microárea não coberta por ACS. Metodologia: O estudo, do tipo relato de experiência, foi desenvolvido em 2016, pelos participantes do PET na ESF Progresso, situada no Município de Santa Cruz do Sul, RS. Para a realização do cadastro dos indivíduos foi utilizada a Ficha de Cadastro Individual e Domiciliar padronizado pelo SUS. Os bolsistas, com o auxílio das ACS, responsáveis por outras microáreas da ESF, dirigiam-se até o loteamento Eucaliptos, localizado no bairro Progresso, onde realizavam visitas domiciliares e explicavam às famílias a necessidade de se realizar este cadastro. Cada grupo levava consigo folhas de cadastros a serem preenchidos. Principais Resultados: O contato próximo com as pessoas cadastradas nos revelou intensa vulnerabilidade em relação às questões socioeconômicas, sanitárias e de escolaridade, bem como alta prevalência de patologias como Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica. Durante a nossa experiência, podemos perceber que na microárea há uma população extremamente carente, por isso, consideramos que é importante uma maior atenção a estes indivíduos, pois os mesmos se sentem prestigiados e felizes com as nossas visitas e relatam, em sua totalidade, a importância da ACS e a falta que a mesma faz na localidade. Sendo assim, a atuação do ACS junto a sua microárea possibilita a realização do cadastro individual e domiciliar dos moradores da área correspondente, com o objetivo de realizar o diagnóstico da população atendida, visando uma atenção mais efetiva às necessidades da mesma, por isso, é de grande importância a realização dos cadastros que faz parte de uma das diretrizes do SUS que se refere à atenção integral a saúde. Conclusão: Através desta experiência, podemos concluir que as visitas domiciliares passaram a ser muito mais que uma ferramenta de trabalho para a saúde, sendo muito utilizadas para estudos de casos e levantamentos de dados, mas hoje passa também a fazer parte do processo de formação acadêmica, possibilitando contato direto com os usuários do SUS. Portanto, proporciona ao acadêmico uma formação humanizada, tendo em vista que, neste processo, são realizadas abordagens multidisciplinares, integrativas e coletivas, pois se trata de uma população que está inserida dentro de um contexto social, com seus costumes e necessidades.

Apontamentos

  • Não há apontamentos.