PERFIL FUNCIONAL EM PÓS-OPERATÓRIO DE ARTRODESE EM COLUNA LOMBOSACRA ATRAVÉS DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE – ICF: RELATO DE CASO
Resumo
A Fisioterapia na Atenção Primária em Saúde (APS) insere-se por meio do Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva, junto à Estratégia de Saúde da Família Bom Jesus, na formação dos estagiários de Fisioterapia, com foco nas competências e habilidades para atuação na atenção básica em saúde, que somam com a organização do serviço de saúde com as equipes constituídas, ampliando para a reabilitação funcional de pessoas assistidas na comunidade em visita domiciliar. Relatar o perfil funcional de pacientes no pós-operatório de artrodese de coluna lombosacra para instituir medidas de prevenção e reabilitação domiciliar e ambulatorial é o objetivo deste trabalho. Relato de caso da paciente L.S., sexo feminino, 63 anos, dona de casa, em pós-operatório de artrodese de coluna lombosacra, discopatia degenerativa em coluna lombar e artrose avançada em joelho direito. Foi realizada a avaliação fisioterapêutica e classificada a funcionalidade através da ICF. Pode-se constatar alterações posturais, edema em pé direito e esquerdo, fraqueza muscular em flexores de quadril, extensores e flexores de joelho, extensores, adutores e abdutores de quadril, paravertebrais, abdominais, encurtamentos musculares em cadeia anterior de tronco, alteração de marcha e sensibilidade tátil. Como diagnóstico fisioterapêutico déficit em equilíbrio estático e dinâmico, dor e hipocinesia na coluna lombar e joelho direito. Através da ICF, os componentes, categorias seguidas dos qualificadores de extensão de função do corpo, denotam as deficiências apresentadas: sensação de dor (b280.2), dor nas costas (b28013.2), dor localizada (b2801.2), mobilidade de várias articulações (b7101.3), funções relacionadas à força muscular (b730.3); e estruturas do corpo somando os qualificadores de natureza da mudança e localização: medula espinhal e estruturas (s120.223), estrutura da extremidade inferior (s750.321), estrutura da coluna vertebral (s7600.233). Para os componentes atividade e participação registraram-se as categorias e qualificadores de capacidade e desempenho: limitação para realizar tarefas múltiplas (d220.33), realizar a rotina diária (d230.22), levantar e transportar objetos (d430.33), deslocar-se utilizando algum tipo de equipamento (d465.22), utilizar transporte (d470.44), realização das tarefas domésticas (d640. 33) e vida comunitária (d910.22). Dentre os fatores ambientais, os facilitadores são a família nuclear (e310+2), amigos (e320+4), conhecidos, companheiros, colegas, vizinhos e membros da comunidade (e325+4), profissionais da saúde (e355+2), atitudes individuais dos membros da família (e410+3). As barreiras elencadas foram atitudes individuais dos membros da família (e410-3), produtos e tecnologias para facilitar a mobilidade e o transporte pessoal em ambientes internos e externos (e120-3). Reconhecendo o perfil foi possível eleger com maior eficiência as medidas de prevenção e intervenção para o incremento da funcionalidade de vida diária da paciente, tendo sido possível associar aos atendimentos domiciliares a referência para atenção secundária, realizando atendimentos na Clínica Escola Fisiounisc, no Complexo de Hidroterapia. Essas medidas somadas promoveram melhora significativa dos cuidados preventivos e no processo de reabilitação da paciente.
Palavras-chave: Fisioterapia na Atenção Primária em Saúde (APS); Pós-operatório; Artrodese de coluna lombosacra.
Palavras-chave: Fisioterapia na Atenção Primária em Saúde (APS); Pós-operatório; Artrodese de coluna lombosacra.
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