A tendinite é um reumatismo extra-articular localizado, ou seja, ocorre nas estruturas periarticulares. É caracterizada pela inflamação do tecido conjuntivo, podendo ocorrer em qualquer tendão do corpo a partir de uma lesão. Seu quadro clínico agudo característico é de dor, calor, sensibilidade, tumefação e crepitação, sendo necessária uma boa avaliação para a elaboração de um plano terapêutico com objetivos e condutas adequadas. Este trabalho consiste no estudo de caso de um paciente (R.I.M.), 48 anos, sexo feminino, administradora, com diagnóstico clínico de tendinite dos músculos flexores do punho direito e esquerdo, tendo como queixa principal a perda de força durante atividades básicas, como carregar peso, sustentar objetos nas mãos, limpar a casa e estender roupas. A paciente realiza apenas tratamento medicamentoso, quando a dor aparece. Tem-se como objetivo analisar a qualidade de vida e funcionalidade da paciente reumática através de questionário e ficha de avaliação. Para isso, foi aplicada a Ficha de Avaliação Reumatológica, estruturada pelos acadêmicos, onde foi registrado dados pessoais da paciente, anamnese, testes específicos e o Questionário de Qualidade de Vida SF-36, composto de 36 questões que avaliam oito dimensões da saúde do indivíduo. Durante a inspeção dos antebraços, punhos e mãos, estes se mostraram sem alterações visíveis, o mesmo para a palpação. Então, foi realizada a goniometria dos punhos, mostrando importante diminuição da amplitude de movimento em flexão, especialmente do punho direito, que é o dominante, e sensibilidade tátil, térmica e dolorosa preservadas. No momento da avaliação a paciente não apresentava dor, tendo resultado 0 na Escala Visual Analógica (E.V.A.). Foram realizados os testes específicos de Phalen, Allen, Filkenstein, Nervo Ulnar e Mediano, apresentando resultado negativo para todos. O resultado para a Força Muscular foi 5 para extensores e flexores de ambos os punhos. No Questionário de Qualidade de Vida SF-36 foi observado que a paciente apresenta leve redução da capacidade funcional e importante redução nos domínios “vitalidade”, “aspectos sociais”, “limitação por aspectos emocionais” e “saúde mental”. Através desta avaliação, identificamos que o problema é crônico e após quatro anos do início da patologia a paciente não realizou tratamento fisioterapêutico, mesmo com a perda de funcionalidade. Possui dificuldade na realização de algumas atividades, relatando dor e perda de força muscular, mas ainda assim não deixa de realizá-las. Percebe-se também que a paciente tem grande redução na qualidade de vida, sendo importante uma abordagem terapêutica interdisciplinar.

Palavras-chave: Tendinite; Escala Visual Analógica (E.V.A.); Qualidade de Vida SF-36.