CONDIÇÃO CARDIOVASCULAR DE TRABALHADORES

Patrik Nepomuceno, Barbara Hellen Pereira, Bruna Tais Ferreira, Luíza Müller Schmidt, Nadiéle Cavalheiro Fischer, Litiele Evelin Wagner, Lisiane Lisboa Carvalho

Resumo


Os fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares estão crescendo em ritmo acelerado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares compreendem a principal causa de mortalidade no mundo. Grande parte dos problemas de saúde pública são atribuídos ao ambiente de trabalho que, associados ao estilo de vida sedentário, contribuem para deteriorar a qualidade de vida e o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares. A prevenção e promoção da saúde estão diretamente ligadas à qualidade de vida, uma vez que buscam ações que possibilitam a diminuição dos riscos e agravos da saúde, visando a redução da vulnerabilidade dos trabalhadores. O objetivo do presente estudo é caracterizar as condições cardiovasculares de trabalhadores no que diz respeito às medidas antropométricas. Para isso, apostou-se no estudo transversal de caráter descritivo que avaliou as variáveis Índice de Massa Corporal (IMC), Relação Cintura-Quadril (RCQ), Frequência Cardíaca (FC), Pressão Arterial (PA) e Circunferência da Cintura (CC) de trabalhadores de uma biblioteca universitária e lavanderia de um hospital de ensino. Para a variável de IMC os resultados foram dicotomizados em IMC recomendável (<25kg/m²) e excesso de peso (=25kg/m²). Para a RCQ utilizou-se a classificação proposta por Heyward & Stolarczyk (2000), sendo considerados os resultados de baixo risco e moderado como adequados e risco alto e muito alto como inadequados. Para a FC foram considerados valores adequados =100bpm. Os valores de PA foram baseados no que recomenda a Sociedade Brasileira de Hipertensão. A CC foi considerada adequada de acordo com os critérios do Ministério da Saúde do Brasil. A amostra foi composta de 14 trabalhadores, com predominância do sexo feminino (78,6%), com média de idade de 36,8±10,4 anos. Em relação ao IMC podemos perceber que 8 trabalhadores (57,1%) apresentaram excesso de peso, sendo que houve um alto número de RQC considerado inadequado, 11 trabalhadores (78,6%) apresentaram risco elevado. Com relação à CC houve uma distribuição homogênea do grupo, sendo que 7 trabalhadores (50%) apresentaram resultados adequados. As variáveis de FC e PA foram consideradas adequadas para todos os trabalhadores no momento da avaliação, porém é importante considerarmos que dois trabalhadores são portadores de HAS e estavam devidamente medicados. Quando questionados sobre a prática de atividade física, 50% relataram praticar atividade física regularmente. Percebe-se através dos resultados encontrados nas medidas antropométricas que os trabalhadores se encontram em uma classificação de risco cardiovascular elevado em relação ao RCQ e CC, que são considerados importantes indicadores da condição cardiovascular.

Palavras-chave: Doenças Cardiovasculares; Prevenção; Promoção da Saúde.


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