MAPA INTELIGENTE COMO DESENCADEADOR DE AÇÕES EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Samanta Rauber Gallas, Ieda Cristina Morinel, Diana Maria Pigatto Cocco, Luisa Gelsdorf, Joana de Lima Goes, Tatiele Mallmann, Cassiano de Mattos Marques, Renan Alex Rathke, Lisiane Lisboa Carvalho, Angela Cristina Ferreira da Silva

Resumo


A cartografia é uma ferramenta amplamente utilizada na Estratégia de Saúde da Família (ESF) para mapear a comunidade adstrita por ser dinâmica e com grande interação sócio epidemiológica. Como um dos resultados cita-se o Mapa Inteligente (MI) que tem como objetivo ser um instrumento de planejamento das ações em saúde. Este aponta as necessidades da população, vislumbrando a qualidade do serviço prestado. A atenção básica nas ESF possui vários princípios que norteiam sua organização, um deles é a territorialização. O MI é uma estratégia operacional a qual proporciona a interação entre as pessoas e os serviços de saúde. Além disso, possibilita a visualização e o reconhecimento do microáreas em seus aspectos ambientais, identificação dos principais problemas de saúde e as áreas de risco, conseguindo realizar um diagnóstico da situação dessa comunidade de forma mais eficaz. Os bolsistas do PET Saúde Gradua-SUS motivados pela inexistência do mapa inteligente na ESF onde atuam, planejaram a sua construção e organização com auxilio das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS).

Objetiva-se com esse relato a reflexão da necessidade do mapa inteligente nas ESFs como promotor e potencializador de ações em saúde e o reconhecimento das necessidades da comunidade. Este é um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A ESF Cristal/Harmonia está localizada em Santa Cruz do Sul, no Bairro Santa Vitória e possui 8 micro áreas, sendo que uma está descoberta de agente comunitária de saúde. Fazem parte da equipe ainda três médicos, sendo um pediatra, uma enfermeira, três técnicos de Enfermagem, uma dentista e a auxiliar de saúde bucal. Os bolsistas do projeto realizaram visitas domiciliares com ACS, sendo que esse contato inicial auxiliou no reconhecimento das microáreas e na observação da disposição física das residências. Para o esboço inicial foi utilizado um mapa base que retiramos do site de Geoprocessamento da Prefeitura de Santa Cruz do Sul. Nos reunimos com as ACS e cada bolsista ficou responsável por desenhar uma microárea em papel pardo. No desenho esquemático foram esboçadas as residências com suas devidas numerações e apontadas as enfermidades presentes em cada domicilio/família. A partir disso, com o auxilio da Equipe de geoprocessamento do Munícipio, está sendo confeccionado um mapa em tamanho maior abrangendo todas as microáreas. Utilizando alfinetes coloridos, serão identificadas situações como: hipertensão, diabetes, gestantes, puericultura, pacientes acamados, obesidade, pacientes que utilizam os serviços do Centro Atenção Psicossociais (CAPS), entre outras. A construção do mapa teve resultados positivos, pois conseguimos visualizar as principais patologias que estão presentes na comunidade e organizamos um planejamento para iniciarmos as atividades com estes pacientes, através de grupos de diabéticos e hipertensos e materiais informativos para a sala de espera da unidade. O MI trouxe a constatação de que é extremamente válido a construção deste instrumento nas ESFs, pois com ele é possível identificar as famílias que residem na comunidade. Auxiliando a equipe e os bolsistas durante os dois anos de programa na elaboração de atividades que são necessárias aos indivíduos. Também podemos citar outro fator relevante, onde o MI traz a possibilidade dos cuidados às pessoas adoecidas, suas situações do cotidiano, além do acompanhamento e atualização constante das mudanças que ocorrem na comunidade/indivíduo pelas ACS.


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