REABILITAÇÃO PRÉ-PROTETIZAÇÃO DE PACIENTE COM AMPUTAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR POR CAUSA VASCULAR NO SRFIS – UNISC: UM ESTUDO DE CASO

Paula Luiza Kohl, Bruna Taís Ferreira, Ângela Cristina Ferreira da Silva, Rafael Kniphoff da Silva

Resumo


INTRODUÇÃO: O termo amputação pode ser definido como a perda total ou parcial de um membro e pode ocorrer por inúmeras causas, sendo que complicações de doenças crônicas como diabetes mellitus, aterosclerose, embolias e tromboses arteriais são responsáveis por 80% do total de amputações, principalmente, em idades mais avançadas. Frequentemente o paciente apresenta-se ansioso para retornar as suas atividades normais, portanto a abordagem reabilitadora deve ser precoce objetivando a autonomia da pessoa para a realização de tarefas que fazem parte do seu dia a dia. Nesse sentido, o fisioterapeuta se faz importante acompanhando o paciente tanto nos estágios de pré, como de pós protetização, contando com recursos da cinesioterapia, os quais poderão auxiliar na redução dos sintomas indesejáveis e na evolução do paciente amputado, garantindo maior independência funcional e sua reinserção à sociedade. OBJETIVO: Submeter a paciente ao tratamento fisioterapêutico, a fim de torná-la apta à utilização de uma prótese, através dos procedimentos realizados no estágio de pré-protetização. METODOLOGIA: Atendimento fisioterapêutico para paciente V.I.P., 52 anos, sexo feminino, dona de casa, residente no município de Estrela - RS. Realizou cirurgia para amputação do membro inferior direito a nível transfemural, devido à diabetes mellitus, em fevereiro de 2015, a posição do coto encontra-se em flexão e abdução de quadril. Sua queixa principal é a falta de independência para realizar suas atividades de vida diária (AVD's). Inicialmente, a paciente foi encaminhada ao Serviço de Reabilitação Física (SRFis), da Universidade de Santa Cruz do Sul, que é desenvolvido junto à Clínica FisioUNISC, para realizar triagem, onde foi recomendada a utilização de enfaixamento do coto, por, no mínimo, quarenta e cinco dias e treinamentos de pré-protetização. Posterior aos 45 dias, foram colhidas informações referentes aos dados pessoais da paciente, ao nível de amputação, à presença de pontos dolorosos, testes de sensibilidade, verificação das condições da pele do coto e do membro contralateral, edema, cicatrização, locomoção, exames físicos e perimetria do membro afetado e contralateral, por meio de ficha de avaliação utilizada pelo SRFis. A partir da avaliação a paciente foi submetida a treze sessões de fisioterapia, no período de março à junho de 2016, nas quais foram realizados métodos de dessensibilização do coto, treinos de equilíbrio de tronco, alongamento e fortalecimento da musculatura do coto e do membro contralateral e descarga de peso sobre o coto. RESULTADOS: Após as sessões de fisioterapia no estágio de pré-protetização, foi realizada uma nova avaliação onde a paciente apresentou melhora da força muscular, do equilíbrio, da sensibilidade, diminuição da dor e melhor posicionamento do coto, tornando-se apta a utilização de uma prótese. CONCLUSÃO: Através dos resultados obtidos verifica-se a importância da fisioterapia no estágio de pré-protetização preparando a paciente para possíveis limitações que poderão ser causadas pela prótese, bem como lhe garantindo maior independência funcional e possibilitando o retorno a suas atividades de vida diária.


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