A ansiedade é uma condição de agitação, angústia e preocupação que se manifesta quando o indivíduo se encontra diante de uma situação desconhecida ou estranha. Naturalmente, o atendimento odontológico pode ser um agente gerador da aflição em diversos pacientes. Essa situação pode levar ao cancelamento ou prorrogação do procedimento, fazendo com que o paciente procure consultar com o cirurgião dentista somente em caso de urgência ou emergência. O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de ansiedade dos pacientes que são atendidos em diversas disciplinas do Curso de Odontologia da Unisc. Através do diagnóstico, optaremos pela melhor abordagem ao paciente ansioso, buscando maneiras de melhorar o atendimento a esse paciente que procura a clínica de Odontologia da Unisc. Os dados parciais foram coletados nas clínicas do Curso de Odontologia da Unisc, em diferentes disciplinas, através da aplicação de um questionário. Os critérios para participação da pesquisa foram: ter 18 anos ou mais e ter aptidão ou consciência para responder aos questionamentos. As disciplinas selecionadas para aplicação do questionário foram: Cirurgia, Dentística, Endodontia e Periodontia. O questionário foi composto por três partes: dados individuais referentes a idade, sexo, renda familiar e nível de escolaridade; perguntas sobre o comportamento do paciente frente ao tratamento odontológico; e as quatro questões que compõem a Escala de Ansiedade Odontológica de Corah. O acadêmico responsável pelo atendimento do paciente foi responsável pela aplicação do questionário. A Escala de Corah é utilizada como instrumento para avaliar níveis de ansiedade odontológica, pois permite reconhecer objetivamente o nível de ansiedade através da soma das respostas fornecidas pelo questionário. Pacientes cuja soma das respostas for inferior a 5 pontos, são considerados pouco ansiosos; entre 6 e 10 pontos, levemente ansiosos; entre 11 e 15 pontos, moderadamente ansiosos; e soma superiores a 15 pontos, extremamente ansiosos. A média de idade da amostra total resultou em 45,3, variando entre 18 e 84 anos. O número total de participantes dessa coleta parcial foi 90 pacientes, sendo 46 mulheres e 44 homens. Dessa amostra apenas 1 indivíduo do sexo feminino possuiu escore superior a 15, sendo considerado extremamente ansioso. Pacientes muito pouco ansiosos totalizaram 58,8% da amostra (sendo 49,05% do sexo feminino e 50,94% do sexo masculino); os levemente ansiosos foram 30% (sendo 44.44% do sexo feminino e 55,44% do sexo masculino); e 10% (sendo 77.77% do sexo feminino e 22,22% do sexo masculino) dos pacientes foram considerados moderadamente ansiosos. Os dados demonstram que 11,11% dos pacientes que procuram atendimento odontológico na Clínica de Odontologia da Unisc são considerados moderadamente e extremamente ansiosos. Essa prevalência foi maior entre as mulheres (80%) do que entre o grupo dos homens (20%). Assim, pode-se concluir que as mulheres tendem a estar mais ansiosas, se comparadas aos homens, antes do atendimento. A periodicidade de retorno para as consultas deve ser estimulada, pois aumenta o nível de confiança do paciente em relação aos acadêmicos de Odontologia e cirurgiões dentistas, deixando o paciente mais tranquilo.

Palavras-chave: ansiedade; comportamento; tratamento odontológico.