REPARAÇÃO DE ÚLCERA DECORRENTE DO PÉ DIABÉTICO EM AMPUTADO: ESTUDO DE CASO

Claudia Betina Reis, Angela Cristina Ferreira da Silva, Letícia Wollmann, Marciele Renata dos Santos Alves, Rafael Kniphoff da Silva

Resumo


INTRODUÇÃO: O diabetes é a principal causa de amputações não traumáticas dos membros inferiores. O risco de desenvolver úlceras de pé em pessoas com a doença é cerca de 15%. Tais lesões podem se tornar infectadas e, em última análise, conduzir à amputação por causa da gangrena. No que se refere ao tratamento de úlceras de pressão, a fisioterapia conta com diversos recursos eletroterapêuticos para o tratamento dessas lesões, como exemplo, a microcorrente, que é uma corrente galvânica, pulsátil (bifásica), finamente sintonizada com os níveis elétricos das trocas iônicas que ocorrem constantemente em nível celular. A literatura traz como efeitos com microcorrentes em lesões em acelerar o processo de reparação tecidual, produzir efeito bactericida e diminuir a dor. Outro recurso, associado com a microcorrente no tratamento dessas afecções, que vem trazendo bons resultados, é o gerador de alta frequência (AF), mesmo com poucas evidências na literatura, possui boa eficácia por sua ação bactericida, antisséptica e anti-inflamatória, favorecendo a reparação tecidual por operar com correntes alternadas (tensão elevada e baixa intensidade) e eletrodos de vidro que contêm em seu interior vácuo (ar rarefeito) ou gás (neon). OBJETIVO: Avaliar a eficácia do tratamento fisioterapêutico utilizando a AF associada à micro-corrente na reparação de úlcera de pressão em indivíduo com amputação de antepé em decorrência do diabetes. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso. Apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNISC, sob número de parecer 1.483.036. Fez parte desse estudo uma paciente do sexo feminino, 52 anos, portadora de diabetes Mellitus tipo 2, desenvolvida durante a gestação há 19 anos. Como intercorrência da diabetes, possui amputação do antepé do membro inferior esquerdo com úlcera no coto de amputação. Durante as sessões, foi realizada assepsia das escaras com soro fisiológico. Posteriormente, aplicada a corrente de AF com intensidade de 18 mA, durante 5 minutos e, em seguida, microcorrente com 100 Hz em cada canal (canais em cruz – inversão de polaridade) por 20 minutos. Ao final do atendimento, foi realizado curativo. PRINCIPAIS RESULTADOS: Obtivemos como resultados mais evidentes, a diminuição do tamanho da úlcera, a qual pode ser analisada por registros fotográficos efetuados desde o primeiro atendimento. Ainda, a melhora da circulação sanguínea, e aparência da mesma. CONCLUSÕES: Foi possível observar que a úlcera a qual tratamos, ainda que não tenham sido finalizados os atendimentos, diminuiu grande parte de seu tamanho, nos evidenciando os benefícios da associação de corrente de AF e microcorrentes. Porém, salientamos, que para um melhor resultado, seriam necessários atendimentos mais frequentes. A paciente, por vezes necessitou, faltar à terapia, fato este que pode contribuir para a não evolução como esperado.


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