A PREVALÊNCIA DE ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B EM GESTANTES E SEUS FATORES DE RISCO PARA BINÔMIO MÃE BEBÊ: UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Resumo
Com o intuito de aprofundar o conhecimento em relação a possíveis riscos ao binômio mãe/bebê de infecção por estreptococo do grupo B relacionado a gestação é que desenvolvemos este trabalho. O streptococcus agalactiae, ou Streptococcos beta hemolítico do grupo B, é um coco gram-positivo encontrado em humanos, principalmente no trato gastrointestinal e geniturinário. A prevalência de colonização no trato genital em mulheres grávidas varia entre 10% a 30% e a transmissão vertical ocorre em 30% a 70% de neonatos, cujas mães são colonizadas pelo streptococcusagalactiae na gestação. Já na década de 70, época em que o streptococcus B foram reconhecidos como patógenos humanos, a fatalidade em neonatos alcançava a margem de 50%. Sua relevância está principalmente em casos de gestantes colonizadas, que podem vir a contaminar seus filhos no momento do parto. Em recém-nascidos a infecção se caracteriza principalmente por Sepse, Pneumonia e Meningite, já no organismo materno é causador de infecções como: Cistite, Pielonefrite comprometendo uma continuidade sadia da gestação, podendo causar, aborto, morte fetal intrauterina, coriamnionite e parto prematuro. A ocorrência das mortes e infecções de neonatos no berçário é preocupante, pois apesar de as taxas de letalidade serem baixas, 25 a 50% dos sobreviventes têm sequelas neurológicas permanentes. Exposto o contexto e a relevância do tema proposto neste estudo, apresentamos o objetivo e a metodologia utilizados. O presente estudo teve como objetivo identificar a prevalência de streptococcus do grupo B em gestantes assim como fatores de risco para o binômio mãe/bebê. Foi realizado um estudo exploratório através de uma revisão bibliográfica em oito artigos científicos do portal Google acadêmico do ano de 2011 a 2016. Os descritores utilizados na busca foram: prevalência, streptococcus B, gestação. Os critérios de exclusão foram artigos publicados fora do prazo de cinco anos ou que não retratassem o tema. Entre os oito artigos pesquisados, os autores concordam que a porcentagem de infecção procede entre 10% a 30% em gestantes também há um consenso de que o período ideal para coleta de material para exame de Streptococcos tipo B é entre a 35 e 37 semanas de gestação, e que a quimioprofilaxia intraparto é a forma de tratamento com mais eficácia, segundo estudos o uso de antibióticos durante o pré-natal não previne a infecção neonatal e grande parte das gestantes tratadas apresentam-se recolonizadas na hora do parto. Em neonatos a prevalência de infectados durante a passagem pelo canal do parto teve resultados diferentes, três artigos relatam de 50% a 75%, dois trazem taxas de 30% a 70%, porem todos concordam que as principais infecções no neonatos por EGB é a sepse, pneumonia e meningite. A maior parte dos artigos analisados retratam sobre a escassez de trabalhos que evidenciam a prevalência de colonização materna e neonatal pelo estreptococo do tipo B. Esta escassez de informações pode ser vista como responsáveis tanto no rastreamento durante o pré-natal quanto na profilaxia correta no momento do parto das mulheres colonizadas. O presente trabalho nos fez despertar o interesse em analisar a prevalência em nossa realidade, uma vez que não há registros que evidenciam este fato.
Palavras-chave: neonatos; binômio mãe/bebê; infecção por estreptococo.
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